Diante da crescente demanda dos clientes por excelência digital, as empresas de gestão patrimonial precisam acelerar a sua caminhada rumo a esse objetivo. Confira, neste post, qual a melhor forma de fazer isso.
- Com a Covid-19, o emprego de recursos digitais na gestão de patrimônio tornou-se ainda mais necessário. Segundo uma nova pesquisa, 76% das empresas em todo o mundo relataram um aumento no número de clientes que exigem maior engajamento digital.
- Um recente white paper elaborado pela Refinitiv explora a escolha frequentemente imposta a gestoras de patrimônio, entre uma solução de transformação digital comprada (buy) ou desenvolvida pela própria empresa (build).
- O relatório propõe um novo método: um modelo híbrido, que associa o buy ao build. Essa abordagem ajudará essas organizações a reduzir seu custo total de propriedade, além de trazer estratégias digitais para o mercado mais rapidamente e melhorar a experiência digital do cliente de forma contínua.
Em um ambiente como o atual, as empresas de gestão de patrimônio devem se mover o mais rápido possível em direção à transformação digital. E todas as que são clientes da Refinitiv fazem a mesma pergunta: como podemos oferecer uma experiência nesse sentido que atenda às expectativas das pessoas e, ao mesmo tempo, nos diferencie da concorrência?
O caminho para a mudança
Mesmo antes de a pandemia ter pressionado as gestoras de patrimônio a realizar a transição para o digital, os consumidores e consultores já anseavam por uma série de recursos e funcionalidades dessa natureza. Após a Covid-19, as expectativas continuarão a aumentar, intensificando a competição pela excelência digital entre as insitituições financeiras.
De acordo com uma recente pesquisa do Aite Group, 76% das empresas em todo o mundo relataram um aumento no número de clientes exigindo maior envolvimento digital.
“É provável que esta crise cause um estresse substancial para os investidores, fazendo com que alguns troquem de fornecedores devido a deficiências apresentadas por empresas de gestão patrimonial e consultores financeiros”, comunica o Aite Group. “Quem entrou nesta crise com um balanço patrimonial fraco ou perdeu a oportunidade de adotar tecnologia de ponta corre o risco de perder clientes e, possivelmente, fechar as portas”, completa.
Por outro lado, a pesquisa também constatou que mais de 90% dessas instituições financeiras apresentaram algum grau de satisfação com a receptividade da clientela ao engajamento digital. Isso indica que elas estão finalmente vendo um retorno positivo de seu investimento em soluções digitais.
Nesse novo cenário, as gestoras de patrimônio correm o risco de ficar para trás se não fizerem os investimentos adequados em sua estratégia digital.
As instituições financeiras de sucesso alavancarão a infraestrutura digital existente de novas maneiras, principalmente com estratégias híbridas de compra (buy)/desenvolvimento (build) para acelerar o seu processo de transição e aprimorar a sua capacidade de melhorar continuamente ao mesmo tempo em que reduz custos.
Comprar ou construir?
As empresas de gestão de patrimônio sempre enfrentaram uma decisão binária para sua transformação digital: comprar uma solução de um fornecedor e integrá-la, ou construir uma sob medida, com seus próprios recursos.
Ao seguir o segundo caminho, elas tendem a subestimar o tempo e os recursos necessários para criar internamente uma plataforma personalizada.
Além dos custos iniciais de design, desenvolvimento, teste e implementação, as organizações precisam considerar as verbas de manutenção e suporte contínuos e, o mais importante, de aprimoramentos regulares para manter a competitividade de sua plataforma.
O diagrama de iceberg (abaixo) ilustra o que estou falando: alguns custos costumam ser visíveis, e conhecidos antecipadamente, mas outros são ocultos, e só são percebidos quando já é tarde.
Para construir a própria solução digital, é preciso contratar e manter funcionários com um conjunto de habilidades digitais (design, experiência do usuário, teste de conceito, integração), o que não faz muito sentido para uma empresa de gestão patrimonial. Isso porque desvia recursos e o foco que poderiam ser mais bem gastos no aperfeiçoamento do core business da instituição financeira.
Por outro lado, as organizações que confiaram exclusivamente em uma plataforma de um fornecedor obtiveram algum sucesso em conquistar o mercado. No entanto, elas devem resolver problemas de integração de dados aos sistemas internos e altas taxas de manutenção do serviço.
Também vimos essas empresas perderem algum controle sobre o design e a entrega contínua, além de se tornarem dependentes da capacidade do fornecedor de atualizar a plataforma e enviar a nova versão para o cliente.
Já pensou em um modelo híbrido?
A infraestrutura digital existente hoje em dia oferece às gestoras de patrimônio uma opção que associa o controle oferecido pela solução interna (construída) ao menor custo, flexibilidade e suporte do modelo terceirizado (comprada). Chamamos isso de “buy/build blend“.
Esse modelo combinado, de compra e construção, adota uma abordagem de “blocos de construção” de infraestrutura de tecnologia digital e de dados para acelerar as transformações das empresas, aproveitando componentes pré-construídos que podem ser configurados segundo as necessidades de aparência, comportamento e capacidade do cliente.
Além disso, ele requer processos de implementação e manutenção mais simples e baratos, o que permite ao cliente concentrar recursos na aprimoração de seu negócio principal.
A opção híbrida oferece ainda uma infraestrutura digital robusta que abre caminho para a inovação contínua e a oferta de uma variedade de recursos ao cliente –tudo isso sem “dores de cabeça” e com custos baixos.
A combinação buy/build permite que as gestoras de patrimônio concentrem recursos internos em áreas que alinham suas ofertas digitais ao seu modelo de serviço exclusivo e estratégia de negócios, criando uma vantagem competitiva e ajudando a levar a empresa em direção à excelência.
A hora de digitalizar é agora
A Refinitiv acredita que alavancar recursos tecnológicos e seguir uma abordagem híbrida para a transformação digital ajuda as empresas a reduzir seu custo total de propriedade, além de trazer estratégias digitais para o mercado de forma mais rápida e melhorar continuamente a experiência do cliente.
Hoje em dia, com os consumidores abertos ao envolvimento digital –e até mesmo esperando por isso—, temos visto uma verdadeira corrida das gestoras de patrimônio não apenas para atender aos requisitos mínimos da clientela, mas também para encantá-la com uma experiência de ponta. E isso deve se transformar rapidamente em uma maratona, pois as empresas precisarão atualizar continuamente a experiência, atualizando os recursos de sua plataforma.
A melhor maneira de vencer essa corrida é misturando o melhor dos dois mundos: montar uma experiência digital modular baseada em blocos de construção que podem ser aprimorados ou atualizados ao longo do tempo para acompanhar as mudanças.