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Criado há mais de cinco décadas, Datastream segue mais atual do que nunca

Vicki Derasse
Vicki Derasse
Diretora de Datastream Product Management

Após cinquenta anos de vida, Datastream ainda é a melhor ferramenta para pesquisa de dados macroeconômicos no mundo.


O Datastream está completando 50 anos. Empregado no dia-a-dia de diversas gerações de profissionais de finanças, essa poderosa ferramenta de gráficos e dados continua a estabelecer os mais altos padrões quando se trata de pesquisas macroeconômicas.

Foi na década de 1960, em Londres, que uma pequena equipe de analistas resolveu criar um banco de dados para a área financeira que viria a se tornar o Datastream de hoje.

Cinquenta anos após o seu lançamento, o Datastream é o banco de dados mais duradouro e completo para os analistas financeiros e, para inúmeros profissionais, continua a ser a melhor opção para análises macroeconômicas, pesquisas setoriais e estratégias de alocação de ativos.

Atualmente, o Datastream fornece uma vasta gama de conteúdos de séries temporais históricas em todas as principais classes de ativos e mais de 10 milhões de séries temporais econômicas para 162 mercados com dados comparáveis para que os usuários possam criar gráficos e análises únicas.

Para marcar seu aniversário de 50 anos, analisamos aqui o desenvolvimento do Datastream ao longo das décadas e ouvimos representantes das várias gerações de profissionais do setor financeiro – para quem o serviço desempenhou um papel fundamental na vida corporativa. De acordo com um antigo usuário do Datastream, ele era, simplesmente, “uma das ferramentas analíticas mais brilhantes já inventadas”.

Saiba mais sobre o Datastream, um poderoso banco de dados de séries temporais financeiras

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O mainframe da IBM: uma espécie de nuvem antes mesmo de elas existirem

Fonte: Reuters

O primeiro banco de dados financeiro

A criação do Datastream deve-se à visão de um único homem – e a um grupo de pessoas que acreditou em suas ideias. Graham Blease, hoje com 89 anos de idade, trabalhava como Gerente de Investimento para o Airways Joint Pension Scheme.

Por causa de sua atividade profissional, Graham ressentia não poder pesquisar dados básicos para embasar suas decisões sobre os investimentos, numa época em que a maioria das negociações financeiras em Londres era baseada em relacionamentos e apostas. No entanto, quando foi para os Estados Unidos a trabalho, Graham percebeu como os mercados financeiros estavam mais avançados por lá.

A partir daí, usando o computador do sistema de reserva de bilhetes da Airways, ele e seu time iniciaram um banco de dados de informações financeiras conhecido como o Índice JPS.

Inicialmente, a ferramenta englobava índices de preço, dividendos e ganhos reunidos semanalmente e em formato impresso para uso interno, mas depois passou a ser disponibilizada para um pequeno número de corretores da bolsa de valores.

Para desenvolver de forma plena o potencial dessa ferramenta, Graham percebeu que o investimento necessário provavelmente viria de uma corretora, e não de investidores institucionais.

Então, em 1964, ele se juntou à corretora Hoare & Co, que abraçou a ideia com entusiasmo. O primeiro serviço fornecido pela empresa foi o Hoare & Co Equity Investment Service, que era impresso e distribuído em Londres por uma equipe de mensageiros.

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O nascimento do Datastream

Enquanto isso, um novo conceito surgia em Nova York, onde as corretoras norte-americanas estavam armazenando dados para depois disponibilizá-los. O único problema era que o profissional precisava ser basicamente um especialista em informática para compreender o que esses dados significavam.

Foi aí que Graham teve a ideia de replicar o serviço em Londres, mas oferecendo aos clientes uma interface bem mais amigável. Assim, ele introduziu terminais nos escritório dos clientes, com programas de fácil acesso que exibiam informações textuais sobre ações e índices.

Dessa forma, a Hoare & Co criou o primeiro sistema de recuperação de dados interativos online da Europa, batizado de dataSTREAM.

O primeiro terminal de dataSTREAM

Início dos mnemônicos

Simplificar a interface era uma coisa, mas esperar que os clientes procurassem códigos núméricos (SEDOLs) era algo inadmissível para Graham. Por isso, ele colocou sua equipe para criar mnemônicos, ou seja, técnicas utilizadas para auxiliar o processo de memorização, que empregam desde esquemas, gráficos e símbolos a palavras ou frases relacionadas com o assunto que se pretende memorizar. Esses mnemônicos são atualmente empregados em todos os mercados financeiros.

A partir daí, muitas outras empresas adotaram esse procedimento e, mais recentemente, desenvolvemos o OpenPermID, uma espécie de identificador automático permanente.

Um período difícil

Em 1973, tornava-se cada vez mais óbvio que o Datastream não cresceria enquanto fosse propriedade de um única corretora. Assim, acabaram surgindo planos para a venda da empresa, que levaram ao rompimento com o seu fundador, Graham Blease.

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A evolução do Datastream ao longo do tempo

Nos anos seguintes, houve uma série de avanços tecnológicos, lançamentos de produtos, fusões e aquisições. Veja como o Datastream evoluiu até se transformar no produto que conhecemos hoje:

  • 1976: Um consórcio de empresas liderado pela BOC (British Oxygen Corporation) compra o Datastream por £2 milhões da Hoare Govett.
  • 1981-82: lançamento do serviço de gráficos. Na época, nenhuma outra plataforma financeira oferecia essa funcionalidade, e a aceitação foi enorme.
  • 1983: o Datastream é listado na Bolsa de Valores de Londres (na época a empresa era avaliada em £24 milhões).

Datastream: o início de uma ferramenta para dados macroeconômicos de longa duração

  • 1984: a empresa Dun & Bradstreet compra o Datastream por US$101 milhões. Naquele ano, o Datastream já possuía clientes no Reino Unido, Holanda (desde 1975), Suíça (desde 1979), Alemanha Ocidental (desde 1977) e Irlanda.
  • 1989-1992: o Datastream lança uma interface compatível com o Windows (DSWindows) e permite que os dados sejam acessados diretamente no Excel ou no Lotus 123. O serviço foi pioneiro no acesso de dados financeiros históricos diretamente em uma planilha. E ainda hoje o Datastream ajuda os usuários a economizar horas e horas semanais atualizando facilmente os gráficos e tabelas em suas planilhas e relatórios.
  • 1992: A Primark adquire o Datastream por US$191 milhões.
  • 1999-2000: o Datastream lança uma interface mais moderna (conhecida como Advance) com links para o Microsoft Office e, mais tarde, a primeira interface da web (Navigator) para explorar o seu crescente banco de dados.
  • 2001: a Thomson Financial compra por US$842 milhões a maior parte da Primark, que também inclui I / B / E / S Estimates e Worldscope, entre outras bases de dados.
  • 2007: a Thomson funde-se com a Reuters, e a nova interface Datastream Charting substitui o Advance.
  • 2009-2011: o Datastream e o EcoWin unem seus conteúdos.
  • 2013: o Datastream agora já está integrado na plataforma Eikon e é compatível com o Microsoft Office e o Excel Add-In de terceira geração (conhecido como Datastream para Office).
  • 2017: o Datastream não é somente o banco de dados que há mais tempo auxilia analistas financeiros em todo o mundo, mas também o produto líder do mercado para análises macroeconômicas, pesquisas setoriais e estratégias de alocação de ativos.

Datastream ao longo das gerações

Certamente, a maior parte da geração de baby boomers, pioneira no uso do Datastream, já se aposentou. Mas, uma das melhores homenagens ao serviço vem de Peter Lyon, cujo “caso de amor com o Datastream” remonta a 1969, quando ele, aos 28 anos de idade, trabalhava no Departamento de Inteligência Econômica da Prudential Assurance Company, em Londres.

Em sua carreira, ele dirigiu vários departamentos de pesquisa, e sempre fez questão de ter o Datastream disponível em todos eles. “A grande vantagem de ter a ferramenta é que eu podia utilizar argumentos bastante complexos de maneira elegante e clara por meio de gráficos –ou seja, um bônus enorme quando era confrontado por clientes céticos, por exemplo”, conta.

Peter se aposentou já há alguns anos, mas ainda utiliza o Datastream para a gestão de seu próprio dinheiro.”Estou tão familiarizado com os mnemônicos que posso montar os gráficos de que preciso quase instantaneamente. O Datastream continua indispensável. É uma das mais incríveis ferramentas analíticas já inventadas, e espero utilizá-lo ainda por muitos anos”, acrescenta.

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