A crescente sofisticação e variedade dos crimes financeiros ao redor do globo tem levado empresas a apelar para novas tecnologias e uma maior colaboração entre os diversos segmentos corporativos. Entenda como o desenvolvimento e a implementação da identidade digital pelas organizações surge como fator crucial no combate a essa prática e no aprimoramento da due diligence da área de KYC
- Diante de crimes financeiros cada vez mais sofisticados –típicos desta era digital – as instituições financeiras devem adotar novas abordagens no combate à corrupção.
- O emprego da identidade digital contra criminosos que atuam na área financeira está ganhando relevância, impulsionado, entre outros fatores, pela maior colaboração e conectividade entre as organizações.
- A Refinitiv provê verificação de identificação digital por meio da tecnologia API. Rápida e confiável, é uma ferramenta fundamental no combate aos crimes financeiros.
Segundo pesquisa realizada em 2018 pela Refinitiv sobre o real custo dos crimes financeiros de 2018, 47% das organizações participantes já haviam sido vítimas dessa prática. Entre elas, 55% das empresas de capital aberto, e 45% das privadas, foram afetadas por crimes desse tipo em suas operações globais no ano anterior.
Além dos prejuízos financeiros sofridos pelas empresas, não podemos nos esquecer do amplo impacto social e humanitário gerado por essa forma de corrupção.
Patricia Moreira, diretora de gerenciamento da Transparency International, frisa que “a corrupção é um fenômeno global e que, seus efeitos vão além do que costuma-se imaginar. “A corrupção tem um impacto duradouro em quase todas as dimensões da vida cotidiana das pessoas”, comenta.
O Índice Anual de Percepção de Corrupção da Transparency International aponta que a maioria dos países obteve pouco ou nenhum progresso no que diz respeito ao combate à corrupção em 2017 –e dois terços dos países tiveram menos de 50 pontos em uma escala de 0 a 100.
Diante da natureza difusa e das consequências devastadoras dos crimes financeiros, com criminosos cada vez mais sofisticados e ousados, o setor financeiro precisa mudar sua abordagem para reagir com maior eficácia.
Clique aqui para ler o estudo da Refinitiv sobre inovação e combate aos crimes financeiros
Transações digitais mais seguras
Os criminosos estão mirando cada vez mais nas instituições financeiras para obter fundos ilícitos, seja por meio de aquisições de contas ou de crimes cibernéticos.
Uma área que vale a pena discutir de forma mais detalhada é o setor de serviços de pagamentos.
A Refinitiv, em parceria com a Emerging Payments Association e o banco Barclays, elaborou um relatório em que aponta uma série de soluções para o combate à corrupção, especificamente no setor de pagamentos.
Essas soluções incluem rastreamentos rigorosos de Know Your Customer (KYC) e monitoramentos contínuos de todos os terceiros, processos que devem ser baseados em dados confiáveis. Há também a implantação de tecnologias de ponta, como Machine Learning e análise comportamental, que podem ser empregadas para identificar comportamentos incomuns ou outras anomalias.
O relatório ainda sugere que a criação de uma identidade digital comum é o próximo passo do setor financeiro para proteger as transações digitais contra fraudes, melhorando tanto a segurança e a conveniência para os usuários.
Identidade digital como forma de combater crimes financeiros
A revolução da ID digital está ganhando força, impulsionada por vários fatores interconectados. Entre eles, estão:
- Regulamentos que exigem maior privacidade e proteção do consumidor.
- Consumidores que demandam possibilidades de escolha e maior flexibilidade.
- Avanços tecnológicos que possibilitam novos participantes no setor bancário.
- O uso crescente de canais digitais em todo o mundo.
- Maior conectividade entre as entidades.
- Entre todos esses fatores, talvez o mais importante seja a necessidade crescente de proteção contra sofisticados crimes financeiros.
Em resposta a essa revolução, a Refinitiv está investindo no desenvolvimento de novas soluções digitais que oferecem verificação de identidade rápida e confiável por meio de tecnologia API.
KYC e a experiência do cliente
Os processos manuais de due diligence de KYC, que muitas vezes ainda empregam papel, costumam ser demorados, ineficientes e dispendiosos, além de gerar níveis crescentes de incômdo aos clientes. Afinal, para realizar a adequada due diligence da clientela, são necessárias uma complexa manipulação de dados e a análise das atuais regulamentações de privacidade. Atingir o equilíbrio nessa equação pode ser altamente desafiador.
Há ainda o desafio de garantir a segurança dos dados confidenciais dos clientes sem gerar frustração durante o processo. Senhas e autenticações baseadas em informações pessoais, por exemplo, podem significar uma chateação para os consumidores que esperam serviços rápidos e altamente tecnológicos.
A revolução da identidade digital atualmente em curso promete resolver muitos desafios da área de KYC, mas para vencer a guerra contra o crime financeiro é preciso adotar uma nova abordagem: a colaborativa.
Somente com o real compromisso de colaboração generalizada, trabalhando em conjunto para compartilhar ideias e soluções de melhores práticas, é que o setor financeiro conseguirá derrotar criminosos cada vez mais sofisticados e inovadores.
