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Como startups de fintech têm afetado o mercado bancário

Jorge Tavío Ascanio
Jorge Tavío Ascanio
Market Development Director for Wealth Management in EMEA

A tecnologia revoluciona continuamente o modo como vivemos. Nos últimos anos, Kodak, Blockbuster, lojas de discos e agentes de viagens foram substituidos pelo Instagram, Netflix, Spotify e TripAdvisor. Agora é o setor financeiro que está no centro das atenções, à medida que startups de tecnologia financeira, as fintechs, ingressam no mercado bancário.


  1. Nos últimos cinco anos, temos observado uma forte tendência de investimentos em startups do setor financeiro, e esse movimento baseia-se em uma visão de longo prazo dessa indústria, que está ingressando em uma nova era.
  2. Os modelos de negócios podem ser divididos em quatro grupos: borrow (sell-side), invest (buy-side), insurance e transact (marketplaces).
  3. Os três principais desafios enfrentados por essas startups de fintech encontram-se nas áreas de branding, escalabilidade e regulamentação.

Dispositivos inteligentes, nuvem, big data, blockchain e inteligência artificial (além dos escândalos que atingiram gigantes globais do setor bancário após a crise de 2008) pavimentaram o terreno para novos tipos de empreendimento e para que as instituições financeiras tradicionais evoluam.

 

Como as startups de fintech estão afetando o mercado?

É difícil avaliar exatamente quanto do mercado as fintechs estão abocanhando, e, de qualquer forma, ainda não é uma parcela significativa o suficiente para que as instituições financeiras sintam-se intimidadas.Por exemplo, o portal de pesquisa de mercado e inteligência de negócios Statista estima que os consultores robóticos atualmente já administram cerca de 400 milhões de dólares ao redor do mundo. E o Boston Consulting Group indicou em seu Global Wealth Report de 2018 que, nesse ano, os ativos investidos pelos indivíduos mais afluentes (o mesmo mercado que está na mira dos consultores robóticos) chegavam a 18,5 trilhões de dólares.

E embora a participação de mercado dos chamados consultores robóticos ainda seja modesta, ela está crescendo a uma taxa de 37,5% ao ano. Já os ativos investidos pela parcela mais afluente da  população (assets under management, ou AUM, na sigla em inglês) têm crescido a uma taxa anual de 7,4%.

Da mesma forma, se analisarmos os investimentos em capital de risco, constatamos que há uma forte aposta em mudanças significativas nas formas de pegar emprestado (borrow), investir (invest), assegurar (insurance) e transacionar (transact).

De acordo com dados disponíveis no Eikon, de todos os investimentos realizados por empresas de capital de risco em startups financeiras ao longo dos últimos 20 anos, mais da metade foi investida nos últimos cinco.

 

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Esta tendência de investimento é bem mais forte do que aquela que ocorreu antes da bolha da internet, no final dos anos 90, além de mais diversificada e global (veja gráfico abaixo). Apesar de o hype de 2015 ter ficado pra trás, não há dúvida de que investimentos em startups de tecnologia financeira continuam fluindo.

Em 2018, os níveis de investimento foram maiores do que os de 2016 e de 2017.

Nos últimos 12 meses, estudamos de forma exaustiva as tendências que estão se delineando para as fintechs, e as conclusões que expomos aqui não chegam a ser exatamente espantosas. No entanto, não deixa de ser útil elencar algumas direções comuns.

Modelos de negócios ligados tanto aos B2Bs como aos B2Cs são diversos em vários aspectos. Alguns estão atrás de aquisições lucrativas e buscam fazer parcerias com bancos em vez de competir com eles; já outros desejam ser a próxima Amazon do setor bancário ou reinventar o jeito que lidamos com o dinheiro.

Nossa análise se concentra naqueles que provavelmente gostariam de substituir agências bancárias por aplicativos – ou seja, fintechs B2C, como a Monzo. Eles englobam uma ampla variedade de modelos de negócios, que agruparemos em quatro grandes blocos para tornar mais simples (é importante frisar, no entanto, que esse é um agrupamento simplista e baseado em nossas opiniões).

Observamos desafios comuns a todos esses modelos de negócios e empreendimentos:

  • Os bancos tradicionais ainda têm domínio do mercado, com as marcas mais conhecidas. É preciso encontrar maneiras baratas para que as marcas e a reputação das startups sejam apreciadas entre clientes e investidores.
  • È necessário escalabilidade para que se possa conter custos. Caso contrário, esses novos negócios serão iguais a maioria das instituições financeiras.
  • A nova onda regulatória afeta a todos igualmente, incluindo as startups de fintech. Começar do zero pode ser uma oportunidade para encontrar maneiras inteligentes de cumprir com os regulamentos.

 

Como podemos ajudar sua fintech?

A amplitude e a profundidade dos dados que mantemos sob uma plataforma aberta podem ser uma vantagem crucial para a sua startup lidar com os desafios elencados acima e mostrar ao mercado seus objetivos. Ter um provedor único, capaz de atender a vários requisitos, permite que você tenha mais tempo e concentração para focar em seus negócios.

 

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Como nossos dados podem ajudar?

  • Descobrindo riscos ocultos em sua cadeia de negócios para que sua empresa possa cumprir com as regulações contra lavagem de dinheiro.
  • Melhorando a experiência de seus clientes, investidores e parceiros de negócio com conteúdo de marcas confiáveis.
  • Automatizando a avaliação de seus ativos (próprios ou de clientes) e permitindo que sua startup realize relatórios financeiros em concordância com as regulações –sempre com uma fonte independente e confiável de dados financeiros.

 

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