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Atinja suas metas de sustentabilidade com portfólios personalizados

Leon Saunders Calvert
Leon Saunders Calvert
Head of Sustainable Investing & Fund Ratings

Descubra, neste post, as principais conclusões de um novo white paper da Refintiv sobre a criação de portfólios desenhados sob medida para priorizar a sustentabilidade.


  1. Muitas metas de sustentabilidade podem ser medidas utilizando variáveis ​​ambientais, sociais e de governança (ESG) granulares, mas a eficiência dessa aferição não será igual para todas.
  2. Portfólios de sustentabilidade customizados não comprometem o desempenho financeiro e, em alguns casos, até superam o benchmark.
  3. Em comparação com os investidores dos EUA, aqueles que se encontram na UE demonstram um maoir interesse em fatores de sustentabilidade.

Para mais informações baseadas em dados diretamente no seu inbox, assine o boletim semanal Refinitiv Perspectives

O universo de investimentos relacionados a ESG engloba uma ampla gama de questões, como mudanças climáticas, responsabilidade social e diversidade étnica/de gênero na governança corporativa.

O compromisso de uma empresa ou da carteira de ações com a sustentabilidade é frequentemente medido com base em critérios ESG bem conhecidos, e provedores de dados como a Refinitiv publicam pontuações E, S e G para milhares de empresas.

No entanto, os pontos de vista de cada investimento diferem. Alguns gestores de ativos holandeses, por exemplo, podem desejar que seus investimentos contribuam para limpar oceanos e fontes de água doce devido ao longo e estreito relacionamento do país com esses recursos naturais. Enquanto isso, outros podem estar mais focados em igualdade de gênero ou educação.

Faça o download do white paper: “How to measure and improve a portfolio’s contribution to proprietary sustainability goals”

Medidas específicas para metas de sustentabilidade

Com mais de 450 métricas disponíveis no Refinitiv ESG, é possível ser tão específico? A resposta simples é: sim. Mas, se for para sermos mais exatos, diríamos que depende.

Por exemplo, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU incluem muitas categorias e variáveis ​​ESG que podem refletir objetivos de investimento específicos. E alguns são mais fáceis de medir do que outros.

Segundo um novo white paper da Refinitiv, sete deles são bem mensuráveis, incluindo “indústria, inovação e infraestrutura” e “ação climática”.

Medidas específicas podem ser empregadas para julgar as realizações das empresas.

Para o ODS de “igualdade de gênero”, as variáveis ​​para as corporações incluem de mulheres no conselho e na gerência a diversidade de políticas e oportunidades e disparidades salariais de gênero.

Portfólios sob medida

Vemos, portanto, que é possível medir os critérios ESG em detalhes, mas qual é o desempenho dos portfólios personalizados?

Pode-se desde excluir empresas com mau desempenho até incluir apenas aquelas com boa pontuação para montar carteiras de ações com alta performance (e melhor do que o benchmark) em termos de metas de sustentabilidade –tudo feito sob medida.

Mas um gestor deve escolher as metas de sustentabilidade com muito cuidado.

Se os objetivos são “eliminação da pobreza” e “redução das emissões de CO2”, o portfólio de investimentos não pode ser otimizado em relação a ambos, pois atingir os dois objetivos simultaneamente é, na prática, quase impossível.

Para avaliar o efeito da triagem dos ODS no desempenho da carteira, a análise constrói e compara uma série de portfólios com base nas pontuações dos ODS e na capitalização de mercado.

Elaboração do portfólio

A ideia central na hora de construir a carteira é que a análise mantenha a mesma alocação de setor nos portfólios que o índice de referência e, em seguida, selecione 10% das ações por determinados critérios de sustentabilidade dentro de cada setor.

Desta forma, as carteiras hipotéticas imitam a mesma diversificação do benchmark, possibilitando uma comparação de performance entre eles.

Em todos os métodos sugeridos para a elaboração de portfólios, destaca-se a importância da diversificação setorial, pois assim, além de variados, eles serão superiores em termos de metas de sustentabilidade.

Se o gestor prestar atenção apenas ao desempenho dos ODS e não à diversificação, a nossa análise mostra que pode ocorrer uma inclinação significativa para determinados setores. Por exemplo, se as ações de empresas forem selecionadas apenas de acordo com o desempenho no ODS de “igualdade de gênero”, indústrias como a de comunicações, energia, materiais e serviços públicos serão excluídas.

Ao comparar os portfólios de sustentabilidade com benchmarks como S&P 500 e STOXX 600, os resultados mostram que as estratégias de investimento baseadas em ODS não necessariamente reduzem a performance. Ou seja, um portfólio que exclui o ODS de “igualdade de gênero” ainda consegue superar a marca do índice de referência.

Na Europa, as vantagens da triagem de Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis são bem mais óbvias. Isso porque quase todas as carteiras montadas segundo os ODS superam ou, no mínimo, se igualam ao benchmark. Isso evidencia que os investidores na Europa podem adotar uma estratégia de sustentabilidade mais agressiva do que suas contrapartes norte-americanas.

Faça o download do white paper: “How to measure and improve a portfolio’s contribution to proprietary sustainability goals”