Neste momento, em que o Global Foreign Exchange Committee acaba de concluir a revisão dos três anos do FX Global Code, saiba como a Refinitiv pode apoiar empresas do buy-side e do sell-side a aderir a mais nova versão do código.
- O FX Global Code (FXGC) é mantido pelo Global Foreign Exchange Committee (GFXC), entidade composta por bancos centrais e funcionários do setor privado. Fundada em 2017, tem como objetivo promover um mercado global de FX que seja robusto, justo, líquido e transparente.
- À medida que o mercado cambial continua a evoluir, é importante que o FXGC acompanhe os novos processos e tecnologias, mantendo-se funcional e relevante para as práticas diárias do setor.
- Com esse objetivo, o GFXC –em consulta com a indústria de câmbio— acaba de concluir a “revisão dos três anos” dos 55 princípios que compõem o código.
Como já observamos outras vezes neste blog, o FX Global Code (FXGC) não impõe obrigações regulatórias aos participantes do mercado de câmbio. Em vez disso, foi projetado para complementar leis, regras e regulamentações locais, identificando boas práticas e processos globais. Até agora, no entanto, quase 1.100 players desse setor assinaram uma declaração de compromisso com o FXGC.
O que há de novo no FX Global Code?
Passados três anos desde o lançamento do FXGC, foram feitas revisões que representam mais do que apenas uma reformulação do documento original. Ou seja, por meio de exemplos e modelos, que cobrem tópicos como pré-hedge e due diligence, o código agora oferece uma orientação mais concreta aos participantes do mercado do que anteriormente.
Princípios mais claramente definidos têm sido visto pelo setor como um aprimoramento do FXGC. Isso porque, embora a flexibilidade em relação à implementação seja importante, as empresas devem ser impedidas de interpretar e aplicar o código de acordo com seus próprios interesses.
Temas-chave do código
Diante do avanço do mercado de câmbio, um dos principais focos da revisão do FXGC foi a negociação anônima, já que uma maior divulgação de informações vem sendo incentivada por aqueles que operam em plataformas anônimas.
Outra área importante é a gestão do risco operacional, com ênfase na redução dos sistemas manuais e na adoção de processos de liquidação de pagamento contra pagamento (PvP) sempre que possível.
Para promover maior transparência de mercado, o Global Foreign Exchange Committee (GFXC) também expandiu sua orientação sobre as informações que os provedores de serviços de agregação e trading de algoritmos devem divulgar, além de sugerir que a análise de custos de transação (TCA) se beneficiaria de uma maior padronização dos relatórios de dados.
O novo modelo de dados de análise de custos de transação ajudará sobretudo as empresas com operações de trading menos sofisticadas e/ou recursos limitados.
A manutenção de registros, especialmente no que diz respeito às razões para rejeições de operações, também é enfatizada na nova versão do FXGC.
A forma como as empresas lidam com as contrapartes sempre foi um tema central do código e, igualmente importante, é a capacidade de demonstrar que assinaram uma declaração de compromisso (“statement of commitment”) com a FXGC –sejam elas organizações do sell-side, buy-side, corretoras ou locais de trading, como bolsas de valores.
Como a Refinitiv pode ajudar?
A série de produtos da Refinitiv para o pós-negociação é uma maneira econômica de aumentar a eficiência operacional nessa etapa, reduzindo a intervenção manual e facilitando a adesão ao FXGC.
O Refinitiv Deal Tracker é um conjunto de ferramentas para monitorar e processar negociações em todas as principais plataformas de FX do mundo, do front ao back office. Ele inclui notificações de trade do Refinitiv Conversational Dealing, Refinitiv FX Matching e outros locais de trading e portais bancários, capturando dados em locais de liquidez de FX.
Já o Refinitiv Trade Notification (RTN) permite que os clientes acessem contrapartes em todo o mundo com uma única conexão, melhorando drasticamente a transparência e permitindo o processamento direto (STP).
O RTN oferece suporte a todas as plataformas de trading da Refinitiv, incluindo Refinitiv Fxall e Dealing and Matching. Ele também se conecta a uma série de plataformas de corretagem por voz, de single-dealer e de multi-dealer.
Outros serviços incluem o Refinitiv Compliance Archive, um portal para analisar mensagens e atividade de trading; e o Refinitiv Trade Performance Analytics no Refinitiv FXall, que permite aos usuários avaliar a qualidade de seu histórico de execução, comparar provedores de liquidez e tomar decisões de planejamento de trading de forma mais embasada.
Declarações de compromisso
Das 1.100 empresas que até agora assinaram uma declaração de compromisso (“statement of commitment”) com a FXGC, a grande maioria são instituições do sell-side.
Isso porque no buy-side a aceitação tem sido lenta, com as firmas geralmente enxergando a adesão ao FXGC como um processo complexo –e que consome recursos.
No entanto, a adaptabilidade é um elemento central do FXGC. Para que seja adotado pela maioria do mercado cambial, é importante afirmar que os princípios podem, e devem, ser ajustados às necessidades das organizações menores.
Após esta “revisão dos três anos”, as empresas estão sendo encorajadas a se comprometer com a nova versão do FXGC. Acredita-se, porém, que isso levará tempo, já que elas deverão esmiuçar as revisões e suas implicações tanto para os seus negócios quanto para a indústria de FX como um todo.
O processo é bem-vindo, uma vez que para assumir este novo compromisso os participantes do mercado precisam estar bem informados e seguros sobre a decisão, e não simplesmente fazê-lo de forma burocrática.
