Em economias emergentes, a transição para plataformas de negociação eletrônica de câmbio levou à fragmentação do mercado, elevando a carga de trabalho e os custos. Veja, neste post, como os chamados agregadores, como o Refinitiv FX Aggregator, podem ajudar os traders a ter liquidez.
- As transações eletrônicas de câmbio estão se tornando mais comuns nos mercados emergentes. Isso se deve ao maior índice de negociação de moedas e mais transparência, além da migração para plataformas eletrônicas impulsionada pela Covid-19 e pela inevitável evolução tecnológica.
- No entanto, essa tendência resultou na fragmentação dos mercados emergentes de FX, tornando mais difícil para as instituições financeiras conectar seus sistemas a essas novas plataformas.
- Com o Refinitiv FX Aggregator é possível ter acesso direto à liquidez. A ferramenta oferece flexibilidade na escolha de opções de gerenciamento de local e execução, permitindo que a negociação cambial seja realizada diretamente do desktop da Refinitiv. Os clientes podem conectar locais da Refinitiv, bem como de terceiros (CBOE FX, EuronextFX, B3 e MOEX), que propiciam amplo acesso à liquidez no mercado.
O mercado de câmbio já depende fortemente dos canais eletrônicos. Mais de 80% do volume de transações à vista são feitas eletronicamente. À medida que o mercado evolui, surgem novos locais de negociação, com foco em outros produtos e moedas ou somente para dar suporte a diferentes tipos de negócio.
A negociação eletrônica atende à atual exigência de se capturar dados precisos e relatá-los aos reguladores e departamentos de compliance, sem falar da necessidade de liquidez e de maior dinamismo no middle e back-office.
A demanda por eficiência no fluxo de trabalho impulsionará a ampla adoção de plataformas eletrônicas nesse mercado, com o buy-side migrando cada vez mais para processos automatizados.
Negociação eletrônica de FX em mercados emergentes
Os mercados emergentes (EM, na sigla em inglês) têm demorado um pouco mais para adotar o comércio eletrônico. Isso porque as moedas costumam ser menos líquidas, mais voláteis e dominadas por bolsas específicas de cada país (ou mesmo pelos antigos voice traders).
Mas isso está mudando. Com os volumes de câmbio de praças emergentes respondendo por cerca de 23% de todas as transações globais com moedas, o gerenciamento eficaz desses fluxos já é um imperativo.
Além disso, estamos diante de uma espécie de efeito dominó. Ou seja, como os mercados de FX tornaram-se mais transparentes, o comércio eletrônico deverá se propagar. Isso, por sua vez, alimenta a descoberta de preços e permite que mais players adotem as novas plataformas.
Recentemente, a pandemia de coronavírus restringiu as operações de muitas mesas de negociação por voz, o que acelerou ainda mais a migração para as soluções eletrônicas. E, com esse grande número de clientes já tendo sentido “o sabor” das negociações eletrônicas, essa tendência parece irreversível.
Outro fator a ser considerado é que a contínua evolução tecnológica tornou as soluções de comércio eletrônico mais baratas e disponíveis para todos. O resultado? Um ecossistema de FX altamente fragmentado, com mais de 100 locais eletrônicos –cada um deles oferecendo fluxos de trabalho e margens de liquidez diferentes.
Embora o mercado se concentre em um número menor de locais, a fragmentação é uma tendência significativa do setor. As preocupações sobre o custo total de propriedade (total cost of ownership, ou TCO) podem, sim, inibir uma fragmentação adicional, mas ainda não são capazes de reverter essa tendência.
Por que, afinal, a fragmentação é tão problemática?
Para começar, o gerenciamento de várias conexões para locais de câmbio é ineficiente, ocupa um espaço valioso no monitor e dá aos usuários uma visão limitada dos preços e da extensão do mercado. Mas, talvez, o maior problema seja mesmo o tempo e a carga de trabalho necessários para se conectar à API de um local.
O problema é que muitas instituições financeiras –tanto do buy-side quanto do sell-side— ainda enfrentam dificuldades para conectar seus sistemas a esses locais de negociação. Muitos deles têm fluxos de trabalho ligeiramente diferentes ou APIs distintas para dados de negociação e de mercado, fazendo com que a operação em um único local de câmbio exija conexões com duas ou três especificações diversas de API.
Conectar-se a qualquer um desses locais é demorado e, sobretudo, caro. O processo normalmente leva de 3 a 6 meses, além de consumir muitos recursos para manutenção. Os locais atualizam APIs periodicamente para adicionar novos campos ou funcionalidades, inclusive por motivos regulatórios. Por isso, é indispensável ter bastante verba e tempo para que se possa codificar e testar antes que os sistemas possam ser postos em funcionamento.
A dimensão do problema se torna realmente aparente quando você multiplica a carga de trabalho necessária para se conectar a um local pelo número de locais nos quais deseja negociar.
Como navegar por esse mercado
A agregação não é um conceito novo, mas sua importância aumentou significativamente conforme o número de locais de negociação cresceu. Isso porque ela proporciona acesso e uma visão consolidada do mercado cambial, o que aumenta a transparência e oferece execuções algorítmicas para maximizar a alavancagem da liquidez disponível no mercado.
Os avanços tecnológicos já permitem que os serviços de agregação forneçam gerenciamento de execução de alto desempenho, acumulando liquidez em todos os paradigmas de execução, como central limit order book (CLOB), negociação bilateral e liquidez cambial. Os algoritmos de execução podem ser implementados, bem como os específicos daquele local, maximizando assim o desempenho da negociação.
Os agregadores também podem ser usados como ferramenta de hedge em um ambiente predefinido e de baixa latência com controle e transparência para o negociador.
Por fim, como os agregadores automatizam os fluxos de trabalho de negociação de FX entre os diversos locais, todo o processo se torna mais eficiente.
Os agregadores ajudam a melhorar o acesso à liquidez?
A popularização dos serviços de agregação sempre foi limitada nos mercados emergentes. Isso porque as instituições financeiras que operam no G10 e em EM não costumavam ver grande vantagem nessa solução, já que não as ajudava a negociar em praças dominadas por transações em bolsa ou por corretores.
Entretanto, conforme esses mercados evoluem, eles se tornam mais transparentes e eletrônicos.
Com o crescimento das plataformas de FX para emergentes, os agregadores agora podem se conectar a essa liquidez. Além disso, alguns deles, como o Refinitiv FX Aggregator, já estão conectados a mercados anteriormente inacessíveis –como MOEX, na Rússia, e B3, no Brasil – para fornecer maior transparência e acesso às instituições.
Ao agregar os preços das bolsas na Rússia e no Brasil, a ferramenta da Refinitiv é capaz de suportar preços mais apertados e margens de liquidez melhores, algo cada vez mais importante em momentos de estresse dos mercados, como os vividos em 2020.
A agregação da MOEX e da B3 fornece acesso a novos pools de liquidez, provenientes de players locais.
Maior liquidez do mercado
Com o desenvolvimento de novas tecnologias, as soluções de agregação já permitem um gerenciamento de execução eficiente, que fornece às empresas de trading um único ponto de acesso a uma variedade de locais diferentes com diversos estilos de negociação.
O desafio sempre será a liquidez e a cobertura cambial. No entanto, aqueles que se conectam a locais e bolsas OTC, serão capazes de fornecer liquidez única no mercado em uma única carteira de pedidos normalizada.
Conforme os recursos tecnológicos tornam-se mais acessíveis –com custos de manutenção reduzidos graças à hospedagem em nuvem—, os serviços de agregação modernos vão se transformando em necessidade para todos os participantes do mercado de FX.
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