Apesar da turbulência recente, o mercado de ativos digitais segue bastante atraente para investidores institucionais e gestores de patrimônio. Para entrarem de vez nesse mercado, no entanto, eles demandam dados confiáveis, exatidão na descoberta de preços e, claro, maior transparência e consistência.
- Como mostra a mais recente edição da “Institutional Investor Digital Assets Outlook Survey”, encomendada pela Nickel Digital Asset Management, investidores institucionais e gestores de ativos dizem que os retornos gerais sobre criptoativos e ativos digitais nos fundos que gerenciam são positivos.
- Apoiando o desenvolvimento do mercado de ativos digitais com maior governança e transparência, a FTSE Russell estabeleceu uma parceria com a Digital Asset Research para fornecer arquivos de preços de referência para ativos digitais por meio do Refinitiv DataScope Select.
- Atualmente, existem 449 ativos digitais –50 ativos de referência e 399 ativos não-referência— incluídos nos arquivos de preços de referência FTSE DAR, que estão listados em dez bolsas de ativos digitais participantes e 18 em lista de observação (dados de 20 de janeiro de 2023).
O interesse dos investidores institucionais em ativos digitais cresce a olhos vistos –mesmo com o mercado de criptomoedas passando por um momento, digamos, um tanto desafiador.
De acordo com uma pesquisa recente, 91% dos 200 investidores institucionais e gestores de patrimônio entrevistados acreditam que a liquidação do mercado é positiva para o futuro do setor no longo prazo.
Muitos detentores e gestores de ativos veem o mercado de ativos digitais como uma forma interessante de diversificar o portfólio e investir em tecnologias que estão mudando a forma como a internet funciona, segundo Doug Schwenk, presidente da Digital Asset Research. “E muitos investidores institucionais também acreditam que, com o tempo, os ativos digitais se tornarão populares, com suporte para ativos tradicionais tokenizados e consequente eficiência de mercado”, acrescenta.
Em resposta a esse crescente interesse, a FTSE Russell fez uma parceria com a Digital Asset Research para fornecer dados de preços de referência transparentes que apoiem o investimento em ativos digitais.
Os dados, disponibilizados pela Refinitiv, incluem sistemas de descoberta de preços e classificação de dados de mercado –como os códigos de identificação SEDOL e a taxonomia de pesquisa de ativos digitais– para ajudar a integrar ativos digitais como parte de um portfólio maior. O preço de referência FTSE DAR também está disponível via DataScope Select.
Desafios atuais e futuros
O ano de 2022 foi bem difícil para os participantes do setor de ativos digitais.
Tokens como Bitcoin e Ethereum perderam cerca de 70% de seu valor desde seu recorde histórico no final de 2021. E tanto os volumes de negociação como a quantidade de usuários realizando transações mensais na Coinbase caíram do segundo para o terceiro trimestre (27% e 6%, respectivamente).
Além disso, claro que o colapso do FTX em novembro abalou o mercado. No entanto, como a FTX não fazia parte do universo das bolsas participantes, não contribuiu para os preços dos Benchmark Asset na FTSE Global Digital Asset Index Series.
Apesar desse cenário, mais da metade (55%) dos participantes da pesquisa da Nickel Digital Asset Management dizem que, em certa medida, tiveram exposição ao mercado de criptomoedas e ativos digitais por mais de três anos e que, no longo prazo, sua experiência tem sido geralmente positiva.
E, cerca de três em cada quatro entrevistados (72%) revelaram que os retornos gerais sobre criptoativos e ativos digitais nos fundos que gerenciam são positivos; para 24%, os retornos chegaram a ser muito positivos.
Ou seja, por mais que 2022 tenha sido um ano de sérios desafios para esse mercado, especialistas afirmam acreditar no potencial de crescimento dessa classe de ativos. E a FTSE e a Refinitiv, ambas empresas do LSEG, estão se empenhando em fornecer os dados de que as empresas precisam para identificar novas oportunidades e investir em um setor emergente e em rápida evolução.
Diante do crescente interesse em dados e índices de qualidade institucional, a FTSE Russell começou a explorar, ainda em 2018, o desenvolvimento de índices com a Digital Asset Research, aprendendo com o lançamento de uma série de índices indicativos.
Em 2020, a FTSE Russell e a DAR avançaram em sua parceria de produtos, adicionando ativos digitais selecionados ao SEDOL Masterfile e criando a fonte de dados de preços, incluindo a taxonomia da DAR.
Por trás dessas iniciativas conjuntas está a certeza de que somente com dados e benchmarks de alta qualidade os investidores institucionais e empresas de gestão de patrimônio poderão superar os maiores obstáculos presentes nesse setor, como governança limitada, práticas de mercado inconsistentes e dados de preços não confiáveis.
Dados transparentes
A nossa solução de dados estabelece um preço de referência (por hora) para o desempenho do mercado de ativos digitais.
Os arquivos Hourly Reference Price unem o rigor da bolsa de ativos digitais e do processo de verificação de ativos da Digital Asset Research à robusta metodologia de índices e de estrutura de governança da FTSE Russell.
Atualmente, existem 449 Ativos Digitais (50 Benchmark Assets e 399 Non-Benchmark Assets) incluídos nos arquivos FTSE DAR Reference Price, listados em 10 participantes e 18 Watchlist digital asset exchanges (1). Isso representa aproximadamente US$ 536,2 bilhões em capitalização de mercado, mais de 90% da capitalização de mercado total de ativos digitais (2).
Investidores institucionais e gestores de patrimônio podem escolher entre:
- FTSE DAR Reference Price for Benchmark Assets, que fornece aos participantes do mercado preços para ativos digitais que se qualificam para uso como “referências”, de acordo com o Regulamento de Benchmarks do Reino Unido e da União Europeia. Os 50 ativos digitais atualmente incluem Bitcoin e Ethereum.
- FTSE DAR Reference Price for Non-Benchmark Assets, que disponibiliza preços para 449 ativos digitais que não se qualificam para uso como “referências”, e se enquadram em duas categorias: 1. Tier One Non-Benchmark Assets, que não atendem aos requisitos de benchmark, mas são precificados apenas em bolsas controladas. 2. Tier Two (não passou na verificação de ativos e é cotado nas exchanges Vetted e Watchlist).
Para saber mais sobre como os dados de precificação de referência de ativos digitais de alta qualidade podem apoiar a estratégia de investimento de sua empresa neste setor, acesse: Refinitiv FTSE DAR Pricing Data.
- A partir de 20 de janeiro de 2023.
- Fonte: Capitalização de mercado total do mercado de ativos digitais em 30 de dezembro de 2022, de acordo com o DAR. Valor de mercado aproximado do universo da lista de preços de referência do FTSE DAR também em 30 de dezembro de 2022, de acordo com o FTSE Russell.