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Como os profissionais de finanças podem aprimorar o fluxo de trabalho em suas organizações?

Rob Calichman
Rob Calichman
Head of Workspace, Data & Analytics, LSEGHead of Workspace, Data & Analytics, LSEG

Novo relatório da Refinitiv, Workspace Sem Limites, explora os desafios relacionados a dados que os especialistas em finanças estão enfrentando –e como habilidades em tecnologia, interoperabilidade e programação já são consideradas fundamentais para melhorar a produtividade e ajudar as empresas a se diferenciar da concorrência.


  1. Uma nova pesquisa conduzida pela Refinitiv com 1.200 profissionais do setor financeiro mostra que é urgente estabelecer novas formas de trabalho a fim de acompanhar um ambiente que vem passando por intensa transformação digital.
  2. Os recursos de arquitetura aberta e padrões de interoperabilidade são necessários para conferir simplicidade, aumentar a velocidade e ajudar as organizações a lidar com os desafios impostos por dados associados à sobrecarga de aplicativos.
  3. As instituições financeiras já estão cientes de que precisam investir em fluxos de trabalho inovadores. Assim, cada vez mais profissionais da área se dispõem a aprender a “linguagem dos dados” (habilidades de programação) para ganhar eficiência e destinar mais tempo a tarefas de maior valor.

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Entre os 1.200 banqueiros de investimento, analistas e gerentes de portfólio que foram entrevistados em todo o mundo para a nossa nova pesquisa com profissionais de finanças, Workspace Sem Limites, a opinião foi basicamente a mesma: as formas tradicionais de trabalho já não acompanham o ritmo de um setor que está sendo completamente modificado pela tecnologia digital.

E, se é fato que isso vem ocorrendo já há algum tempo, os anos de 2020 e 2021 serviram para dar um empurrão extra ao movimento, já que a Covid-19 não deixou escolha para as empresas de serviços financeiros – 86% dos participantes do estudo dizem que a pandemia tornou sua organização mais digital e centrada em dados.

Faça o download do relatório Workspace Sem Limites

Ao conferir os dados da pesquisa, foi impressionante ver os obstáculos enfrentados por quem ainda trabalha com silos de dados e ambientes fechados, sempre importando e exportando manualmente esses elementos entre planilhas do Excel. Aproximadamente 40% dos funcionários seniores de bancos, por exemplo, relataram atrasos em suas tarefas devido ​​à troca de dados entre aplicativos; e 37% dizem ter cometido erros pela mesma razão.

E, ainda mais surpreendente, foi o fato de todos os entrevistados terem admitido que costumam usar nove aplicativos diferentes para concluir uma única tarefa, algo que, sem dúvida, tem um impacto gigantesco na produtividade.

Padrões abertos e interoperáveis

Apesar de um tanto frustrantes, essas descobertas também podem ser motivo de otimismo.

Isso porque a indústria pelo menos está ciente dos problemas e caminha para abraçar a arquitetura aberta e novas formas interoperáveis ​​de trabalho (ou está se preparando para isso). Quase oito em cada dez entrevistados (79%) afirmaram que suas empresas participam de grupos de trabalho para desenvolver padrões de interoperabilidade.

E aqui, o London Stock Exchange Group (LSEG) tem um papel importantíssimo a desempenhar, já que nosso compromisso com uma filosofia de acesso aberto nos ajudará a apoiar cada vez mais as necessidades de nossos clientes em toda a cadeia de valor dos mercados financeiros.

Não se trata apenas de promover a eficiência nos mercados. Nossa intenção é oferecer aos profissionais opções para as atuais formas de trabalho e de acesso a conteúdo –independentemente de as organizações optarem por desenvolver ou comprar essas soluções.

A capacidade de acessar dados de alta qualidade com flexibilidade –de modo que eles se misturem e interajam com outras fontes de informações—, tornou-se um requisito-chave para aqueles que procuram se beneficiar de mais transparência e controle na utilização desses elementos.

Nova geração de profissionais de finanças

O relatório da Refinitiv também destaca que o setor financeiro tem recorrido à programação para construir modelos de dados mais avançados e automatizar tarefas de rotina. Cerca de 20% dos profissionais consultados já exercem atividades que envolvem codificação e outros 54% dizem que estão aprendendo programação ou que gostariam de aprender.

Segundo eles, um dos principais benefícios de desenvolver essa habilidade é a capacidade de se diferenciar da concorrência: 81% daqueles que usam codificação em suas apresentações relatam isso a seus clientes para demonstrar a amplitude de modelagem e de teste que foi necessária para se atingir aquele raciocínio.

Nem todos os profissionais do setor desejam agregar essa capacidade ao currículo imediatamente, mas a próxima geração de analistas e gerentes de investimento talvez não tenha essa escolha.

Estágios em grandes empresas financeiras do buy-side já exigem que os candidatos sejam hábeis em programação com Python. Há cinco anos isso não seria necessário, mas como a indústria está mudando a olhos vistos, as instituições precisam se esforçar para aprimorar suas habilidades e experimentar novas ferramentas a fim de se manterem competitivas e reterem os melhores talentos.

Esperamos que o relatório Workspace Sem Limites seja de grande utilidade para a sua empresa. Ele mostra como a indústria de serviços financeiros encontra-se em um ponto crítico, convencida dos benefícios da arquitetura aberta e da urgência de adotá-la. Além disso, ressalta como o setor está ávido por novas maneiras de trabalhar com dados para obter resultados mais significativos para os negócios, mas para isso são necessárias as ferramentas, habilidades e parcerias certas.