Após um ano sem precedentes para os mercados de crédito globais, em que vimos emissões recordes de dívida em resposta à pandemia, a maioria dos negociadores acredita que o segmento seguirá bem aquecido, já que o apetite dos investidores não parece diminuir.
- Os participantes da edição de 2021 da Pesquisa de Satisfação de Negociadores da Refinitiv esperam um crescimento nas emissões globais de dívida.
- As Américas estão otimistas quanto às perspectivas para os mercados de crédito (Debt Capital Markets ou DCM, na sigla em inglês), mas os negociadores asiáticos sinalizam um crescimento anêmico.
- Até agora, 2021 foi extremamente positivo para os DCM, com os volumes do primeiro trimestre impulsionados por emissores dos EUA, seguindo as previsões.
De acordo com a maioria dos respondentes da mais recente Pesquisa de Satisfação de Negociadores da Refinitiv (Refinitiv Deal Makers Sentiment Survey), os níveis recordes de emissões vistos nos mercados de crédito em 2020 devem se manter ou até subir em 2021.
Mais de 90% dos entrevistados esperam que a atividade nos DCM se sustente ou aumente, e apenas 8% prevê algum tipo de queda. Além disso, a taxa média de crescimento prevista subiu para 6,4%.
Acesse a pesquisa na íntegra e saiba o que mais de 460 negociadores esperam de 2021
O “sentimento” do DCM varia conforme a região
Quando analisamos o sentimento a respeito dos mercados de dívida, vemos que ele muda bastante de acordo com a região. O maior otimismo, por exemplo, está nas Américas, sentimento que vai se tornando mais escasso quando nos voltamos para o leste.
A taxa média de crescimento para os DCM esperada nas Américas e EMEA é positiva, com 45% e 38% dos entrevistados, respectivamente, prevendo que o volume global de negócios desse segmento crescerá em um ritmo ainda maior em 2021. Já os deal makers da Ásia antecipam um índice médio de expansão de apenas 3,2%.
Entre os profissionais entrevistados, os banqueiros de investimento e os negociadores corporativos internos são os mais confiantes, antevendo uma taxa de crescimento nos volumes de dívida de 8% e 7,2%, respectivamente. Por outro lado, os consultores mostram-se os mais cautelosos; para eles, esse índice não passará de 4%.
A depender do nível de atividade visto durante os primeiros três meses deste ano, parece que a expectativa dos negociadores está se confirmando.
Para se ter uma ideia, até o final de março a emissão global de dívidas foi 25% maior do que no trimestre anterior, e apresentou estabilidade na comparação com o mesmo período do ano passado. Este foi também o quinto trimestre consecutivo a ultrapassar US$ 3 trilhões em emissões.
Poucas expectativas de aumento das taxas de juros
Os fatores que devem impactar os mercados de dívida no futuro são os mesmos em todas as regiões e incluem um aumento na preocupação em torno da capacidade de se reembolsar empréstimos e opções de refinanciamento, apetite de risco e sentimento do investidor, bem como o escrutínio em torno do papel dos bancos e regulamentos de empréstimos.
Com o nível dos juros já reduzido e poucas expectativas de aumento das taxas, essa questão não parece ser uma ameaça maior para a atividade em 2021 do que nos anos anteriores.
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