Ao longo do primeiro semestre do ano, o Global Markets Forum (GMF) promoveu uma série de seminários com alguns dos maiores especialistas de finanças e política do globo. Veja, neste post, as principais tendências econômicas e de investimento antecipadas nesses eventos e os temas que o GMF deverá abordar nos próximos meses.
- Nos primeiros seis meses de 2022, o Global Markets Forum (GMF) no Refinitiv Messenger recebeu para uma série de eventos e palestras uma mistura bastante eclética de convidados, que variaram do conselheiro formal do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ao diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).
- Entre os destaques, tivemos Bill Winters, presidente-executivo do Standard Chartered, dizendo aos membros do GMF que espera que a luta dos bancos centrais contra o aumento da inflação, impulsionada por pressões estruturais de custos (como o crescimento dos salários), resulte em uma recessão “relativamente superficial e curta” no início do próximo ano.
- Para mais informações sobre tendências globais na economia, política e nos investimentos, registre-se para participar do GMF. Neste segundo semestre, continuaremos a abordar os tópicos de maior impacto para os profissionais financeiros. Confira.
Inflação em alta, cadeias de suprimentos interrompidas ou sobrecarregadas e incertezas a respeito das ações dos bancos centrais internacionais –especialmente do Federal Reserve, dos EUA— lideravam a lista de preocupações dos mercados quando entramos em 2022.
Então, no fim de fevereiro, à medida que os presidentes dos BCs esforçavam-se para passar uma mensagem clara sobre o caminho de aperto monetário à frente e acalmar os investidores, a Rússia iniciou uma dramática invasão à Ucrânia.
Esses e outros eventos que marcaram o primeiro semestre do ano foram tema de análises e painéis promovidos nos últimos meses pelo Global Markets Forum (GMF) no Refinitiv Messenger. Para se ter uma ideia da abrangência desses encontros, nossos palestrantes convidados incluíram desde chefes de grandes bancos globais, consultores de políticas públicas e gestores de fundos nas maiores empresas de gestão de ativos do mundo até estrategistas, economistas, executivos de empresas de finanças, saúde, fintech, viagens, hotelaria, organizações intergovernamentais e bancos multilaterais.
O nosso objetivo era promover um debate amplo, dinâmico e exclusivo sobre os eventos econômicos e políticos que estavam se desenrolando e, com isso, oferecer insights úteis (e em primeira mão) para os participantes do GMF.
Guerra na Ucrânia no centro das atenções
Entre os destaques do primeiro semestre tivemos o presidente-executivo do Standard Chartered, Bill Winters, dizendo aos membros do fórum que espera que a luta dos bancos centrais contra o aumento da inflação, impulsionada por pressões estruturais de custos, como o crescimento salarial, resulte em uma recessão “relativamente superficial e curta” em 2023.
Em outra frente –e antes do início da guerra na Ucrânia, diga-se—, ouvimos estrategistas da Invesco e da Nikko Asset Management dizendo que os preços do petróleo chegariam a US$ 100 o barril devido à forte demanda e a um possível conflito entre a Rússia e seu vizinho.
Enquanto isso, os gestores de fundos da Generali Insurance Asset Management, Manulife Investment Management e DBS Bank, entre outros, previam um primeiro semestre de 2022 volátil para ativos de risco.
Entretanto, foram as discussões sobre a invasão da Ucrânia que contaram com alguns de nossos convidados mais cativantes e as transcrições mais acessadas posteriormente, incluindo:
- Andrew Mac, conselheiro formal do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Ele previu que as nações ocidentais imporiam as sanções mais duras possíveis à Rússia, visando o setor energético do país e cortando-o do sistema global de pagamentos interbancários, o SWIFT.
- John Hulsman, consultor de risco político e comentarista de política externa, que afirmou no GMF que a imposição de sanções em um ritmo mais lento daria ao Ocidente maior poder contra a Rússia.
- Jennifer Hillman, do Conselho de Relações Exteriores. Ela chegou a prever que o mundo estava voltando para uma Guerra Fria e que o Ocidente procuraria atingir a Rússia por meio de sanções contra suas commodities-chave.
GMF de volta a Davos
Após um hiato de mais de dois anos, participamos no final de maio do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, e, mais uma vez, entregamos uma cobertura exemplar do evento. Entrevistamos vinte e dois convidados das mais diferentes áreas e fomos os primeiros a obter informações dos membros do Fórum sobre uma iminente crise alimentar global. Também ouvimos em primeira mão alertas sobre como as atuais crises energética e de financiamento ameaçam os compromissos climáticos mundiais.
Em outro momento, a presidente do BERD, Odile Renaud-Basso, afirmou ao GMF em Davos que o banco estava se preparando para arrecadar fundos adicionais para a reconstrução da Ucrânia depois de se comprometer a gastar € 1 bilhão no país em 2022.
Para acessar as transcrições de notícias sobre Davos, clique aqui
Outros convidados notáveis do Global Markets Forum no primeiro semestre de 2022 incluíram o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), Francesco La Camera; gerentes de portfólio da PIMCO e Amundi; Mark Spitznagel, CIO do fundo de hedge “Black Swan”, da Universa Investments; executivos da AstraZeneca, Mastercard, Tata Consultancy Services e o CIO global da Guggenheim Partners, Scott Minerd.
Não perca a programação do 2º semestre
Neste e nos próximos meses de 2022, continuaremos acompanhando os principais desdobramentos econômicos do planeta e tentando responder às perguntas que tiram o sono dos investidores, como:
- “A inflação já atingiu o seu pico ou isso deverá ocorrer em breve?”
- “O mundo será empurrado para uma recessão por bancos centrais excessivamente cuidadosos que travam uma guerra contra a inflação do lado da oferta?”
Para se antecipar a essas e outras questões, o GMF vai receber formuladores de políticas públicas, altos funcionários de bancos centrais, gestores de fundos, economistas e estrategistas. Com a sua visão privilegiada, eles nos ajudarão a identificar as principais perspectivas econômicas e os caminhos de política monetária a seguir para navegar com maior tranquilidade os turbulentos mercados deste ano.
Até agora, os convidados confirmados incluem Sanjeev Sanyal, membro do Conselho Consultivo Econômico da Índia; Mark Haefele, CIO do UBS Global Wealth Management; Dennis Lockhart, ex-presidente do Fed de Atlanta; os ex-membros do conselho de políticas do BOJ Sayuri Shirai e Takahide Kiuchi; “Mr Yen” Eisuke Sakakibara, ex-vice-ministro das Finanças do Japão; e Stephen Poloz, ex-governador do Banco do Canadá, entre outros.
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