Empresas do setor automotivo precisam entender a natureza dos riscos relacionados a terceiros para conseguir identificá-los e gerenciá-los de forma proativa, evitando assim sérias consequências financeiras, legais e de reputação.
- Terceiros podem introduzir sérios riscos às cadeias de suprimentos automotivos. Por isso, os participantes do setor precisam se proteger implementando controles robustos.
- Há uma gama de diferentes riscos que impacta diretamente o setor automotivo, obrigando as empresas a identificar e gerenciar de perto cada um deles.
- É crucial desenvolver uma estratégia sólida para mitigar todos os potenciais riscos. E isso só pode ser feito com a ajuda de dados confiáveis e tecnologia de ponta.
Como lidar com o risco nas cadeias de suprimentos automotivos
Em um novo episódio da série Expert Talk, abordamos o risco na indústria automotiva, ressaltando que embora os terceiros tenham um valor inegável para o negócio, eles também representam riscos significativos para as intrincadas cadeias de abastecimento do setor.
O problema é que nesse tipo de indústria o risco de terceiros pode assumir diversas formas –que vão desde aqueles relacionados à qualidade e distribuição; violações ambientais, sociais e de governança (ESG); segurança da propriedade intelectual e conformidade regulatória—, o que torna ainda mais complexa a tarefa das equipes de compliance na hora de identificá-lo e gerenciá-lo.
Para se proteger melhor, as empresas do setor automotivo devem introduzir robustos processos de due diligence, sejam eles no onboarding ou nos estágios posteriores, quando o controle precisa ser realizado de forma contínua.
Os diferentes elos da cadeia
Em geral, a cadeia de suprimentos da indústria automotiva pode ser dividida em quatro principais elos; cada um deles com riscos ligeiramente diferentes das outras partes que compõem a corrente. Saiba quais são eles:
Principais riscos
Após elencar e explorar os vários elos que formam uma típica cadeia de suprimentos automotiva, o nosso Expert Talk se debruçou sobre os seis principais riscos que afetam o setor.
- Risco de integridade: é o risco de que um terceiro possa ter vínculos, mesmo tênues, com atividades ilícitas, como o fornecimento de matérias-primas para zonas de conflito.
- Risco reputacional: isso pode ter implicações devastadoras para as marcas de automóveis. Mesmo que atividades ilícitas sejam descobertas nas “profundezas” da cadeia de suprimentos, é o nome do fabricante que será logo reconhecido e carregará o peso de qualquer baixa em sua reputação.
- Risco ESG: esse é um risco alto na indústria automotiva. Qualquer forma de infração ligada a fatores ESG dentro da cadeia de abastecimento –seja relacionada a emissões, bem-estar dos funcionários ou qualquer outra questão – pode ter consequências de longo alcance para a empresa e para as suas marcas.
- Risco cibernético: essa é uma ameaça que vem crescendo conforme a indústria segue sua trajetória de automação, adotando tecnologias completamente digitalizadas.
- Risco operacional: pode ocorrer devido à escassez de suprimentos e interrupção das linhas de transporte, problemas que afetam a capacidade da empresa de entregar produtos de qualidade dentro do prazo estipulado.
- Risco financeiro: esse é um risco que está sempre presente, mas pode ser agravado pela escassez de oferta e o consequente aumentos de preços.
Estratégias para gerenciar riscos de terceiros
Para se proteger de cada um dos riscos expostos acima, as organizações precisam adotar uma estratégia sólida, que ajude a identificar e mitigar todas as ameaças que possam estar presentes nas redes automotivas terceirizadas e de distribuição. E o primeiro passo nesse sentido é realizar uma triagem completa, avançada.
Os dados da Refinitiv –bem como nossa linha de ferramentas e soluções para o gerenciamento de riscos de terceiros— podem gerar maior transparência e garantir compliance regulatório ao longo de todas as partes das cadeias de suprimentos automotivos globais.
Devido à vasta gama de riscos que afetam os fabricantes de automóveis, um programa de gerenciamento de riscos de terceiros que seja bem projetado e funcione de forma holística deve ser visto como prioridade.