Um novo white paper da Refinitiv, elaborado juntamente com a consultoria global FINTRAIL, se debruça sobre os principais elementos que estão moldando o setor das fintechs e analisa as tendências para 2023.
- Novas descobertas da Refinitiv e da FINTRAIL –baseadas em entrevistas com especialistas de diferentes fintechs em diversas regiões geográficas— identificaram cinco fatores cruciais para a evolução das empresas de tecnologia financeira em todo o mundo.
- Segundo o novo white paper, os elementos decisivos para o setor de fintechs em 2022 (e que continuarão a prevalecer em 2023) foram tecnologia, dados, talento, governança e eficiência.
- Outro ponto destacado pelo estudo foi de que as fintechs precisam manter um controle rígido dos processos de combate à lavagem de dinheiro (AML) para se proteger contra atividades ilícitas generalizadas e garantir a conformidade regulatória.
Oportunidades e riscos
No universo das fintechs, o espírito é de dinamismo e inovação, um espaço onde os principais players, que se destacam pela agilidade, utilizam as novas tecnologias a seu favor, desafiando constantemente o status quo da indústria de serviços financeiros tradicionais.
Sem dúvida, isso oferece sólidas oportunidades de negócios para os envolvidos no setor, mas, ao mesmo tempo, esses avanços tecnológicos também abrem novas rotas para o crime financeiro.
Com essas questões em mente, conduzimos uma série de entrevistas com especialistas de fintechs em várias regiões do mundo, que foram a base para o nosso mais novo white paper sobre o assunto: “Desafios do Combate à Lavagem de Dinheiro para Fintechs: Insights para o Futuro”.
O relatório, feito em parceria com a consultoria global FINTRAIL, indicou cinco elementos-chave que já estão em jogo nessa arena e que deverão continuar a dar o tom no setor ao longo deste ano. Confira, a seguir, um resumo de nossas descobertas.
Cinco fatores que definem o setor de fintechs
Tecnologia
Os profissionais entrevistados foram categóricos ao admitir que a tecnologia adequada pode fazer toda a diferença quando se trata de gerenciar o crime financeiro –alguns deles, inclusive, classificam o Machine Learning (ML) e a Inteligência Artificial (IA) como “ferramentas indispensáveis”, visão que está de acordo com as recomendações do Grupo de Ação Financeira (GAFI).
Os respondentes também enfatizam a importância do que chamam de “explicabilidade”, ou seja, capacidade de explicar quais dados são usados para se chegar a diferentes conclusões e por que os resultados são confiáveis ao se introduzir determinada tecnologia.
Dados
Tecnologia de ponta demanda dados confiáveis e abrangentes, mas as fintechs destacam que encontrar um equilíbrio é fundamental. Afinal, exigir muita informação pode prejudicar a experiência do cliente, e a falta dela deixa as fintechs vulneráveis a crimes financeiros.
Coletar os dados certos, na quantidade certa, e, em seguida, delinear uma imagem completa do risco é a chave para o grande objetivo das fintechs: combinar eficiência, clientes sempre satisfeitos e proteção contra crimes financeiros.
Talento
Tecnologia e dados são fundamentais para o gerenciamento de ameaças de crimes financeiros, mas um terceiro elemento, igualmente importante, é o conhecimento humano. Sim, contar com as pessoas certas para cada função faz toda a diferença.
Os profissionais entrevistados disseram que engenheiros e cientistas de dados são figuras primordiais para o sucesso do negócio e que a área de compliance é atualmente considerada “à prova de recessão”, já que a qualificação dos membros da equipe de conformidade é uma prioridade para as empresas do setor.
Os participantes da pesquisa ainda destacaram que as fintechs devem se concentrar em atrair e reter funcionários-chave, mas também devem considerar soluções terceirizadas para suporte adicional.
Governança
À medida que crescem e evoluem, a governança eficaz se torna cada vez mais importante para as fintechs. A própria natureza dessa indústria, bem como a trajetória de rápido crescimento geralmente acompanhada pelos participantes do setor, demonstram que processos AML eficazes e boa governança merecem toda a atenção possível.
Além disso, as fintechs concordam que os modelos de governança não devem ser estáticos, mas se adaptar ao longo do tempo.
Eficiência
A eficiência do setor vem sendo maximizada a olhos vistos. Isso ocorre graças a novas tecnologias que agora permitem que as fintechs integrem pontos de dados específicos juntamente com biometria comportamental para ajudá-las a detectar atividades suspeitas.
Por exemplo, dados de identificação de alguns dispositivos já conseguem detectar se uma conta é acessada de um novo dispositivo e isso pode ser comparado ao histórico do cliente.
Para aumentar ainda mais a eficiência, as fintechs afirmam que adotar uma abordagem dinâmica ao risco é fundamental, pois evita o desperdício de recursos, geralmente escassos.
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Acompanhe as mudanças nas fintechs
As fintechs devem estar cientes de que essas cinco tendências se manterão fortes ao longo deste ano, e precisam ficar atentas à poderosa combinação de tecnologia, dados e conhecimento humano, que não apenas está moldando o setor, mas permitindo melhor compliance e boa governança ao mesmo tempo em que aumenta a eficiência.
Conforme o setor se expande e se desenvolve em ritmo acelerado, muitos players estão preocupados em garantir uma experiência envolvente e positiva para os clientes, com conectividade e interação perfeitas. Eles devem, no entanto, também manter um controle rígido dos processos AML de que precisarão para se proteger contra atividades ilícitas generalizadas e garantir a conformidade regulatória.
Leia o white paper completo: “Desafios do Combate à Lavagem de Dinheiro para Fintechs: Insights para o Futuro”