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Compliance e sustentabilidade: ferramentas essenciais no combate ao risco de terceiros

 Um recente webinar promovido pela Refinitiv tratou da distinção entre compliance e sustentabilidade, analisando como as organizações podem mitigar o risco de terceiros por meio de uma visão holística dessas duas áreas. Confira neste post, o resumo do evento.


  1. As áreas de compliance e sustentabilidade têm muitos interesses em comum, como gerenciamento de risco de terceiros, supervisão da cadeia de suprimentos, transparência e reputação.
  2. Organizações não governamentais (ONGs) mantêm a atenção voltada para questões emergentes de sustentabilidade e chamam a atenção das empresas para o assunto –além de fornecer ideias sobre como esses fatores podem ser gerenciados.
  3. Ao desenvolver uma visão holística, as corporações são capazes de desenvolver estratégias para mitigar riscos de terceiros e garantir transparência na cadeia de abastecimento. Isso ajudará na proteção contra o chamado crime verde, que está estreitamente relacionado à lavagem de dinheiro, corrupção e crime organizado.

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Equilibrar os interesses entre todas as partes é um papel importante para os times de compliance e sustentabilidade de qualquer organização.

Em um webinar organizado recentemente pela Refinitiv –“Where Compliance Ends and Sustainability Begins”—, os palestrantes analisaram como, sem uma distinção clara entre essas duas áreas críticas, é necessária uma abordagem mais coordenada e estratégica para integrá-las.

Durante o evento, Alison Taylor, Executive Director na Ethical Systems, ressaltou a existência de uma sobreposição significativa entre “o regulamentado e o voluntário”, e explicou as origens divergentes do compliance e da sustentabilidade.

Ouça o webinar: “Where Compliance Ends and Sustainability Begins”

Compliance, sustentabilidade e suas origens

A origem do compliance está centrada na configuração de processos, sistemas e controles para garantir que eles cumpram com as demandas regulatórias globais.

A história da sustentabilidade, por outro lado, ajuda as empresas a se tornarem cada vez mais responsáveis sobre o seu impacto social e ambiental.

Ou seja, apesar das origens diferentes, as duas áreas compartilham muitos interesses comuns, incluindo gerenciamento de risco de terceiros, supervisão da cadeia de suprimentos, transparência e reputação.

Convergência contínua

Ao desenvolver estratégias para mitigar o risco de terceiros e garantir a transparência na cadeia de suprimentos, é importante ter uma visão holística do compliance e da sustentabilidade –e sempre alinhada à contínua convergência entre as duas áreas. Essa convergência vem sendo impulsionada por uma série de fatores, como:

  • A revolução da hiperconectividade, que exige das organizações o gerenciamento do risco reputacional e resposta a demandas de transparência em tempo real.
  • Ativismo e a necessidade urgente de reconstruir a confiança pública.
  • Uma mudança na gestão de riscos isolados para se avaliar o impacto real da corrupção, como nos casos em que os direitos humanos são comprometidos.
  • Um novo foco na cultura e no comportamento que promove integridade e ética além do compliance legal.
  • A necessidade de novas abordagens para a supervisão da cadeia de suprimentos e risco de terceiros.
  • Aumento contínuo do interesse em dados ambientais, sociais e de governança (ESG).

Qual é o papel das ONGs?

Prestar atenção à atuação dessas orgnizações é fundamental. Durante o webinar, Robert Blood, fundador e managing director da Sigwatch, explicou que as ONGs fornecem impulso político e ajudam as empresas a compreender melhor as questões emergentes de sustentabilidade, além de fornecerem ideias sobre como gerenciar essas questões.

A sustentabilidade continua sendo um conceito amplo e mal definido, mas as ONGs são eficazes em chamar a atenção para áreas críticas ao:

  • Definir problemas e riscos materiais dos quais as corporações precisam estar cientes.
  • Apontar violações, como de direitos humanos, nas cadeias de abastecimento, mesmo em áreas remotas.
  • Desafiar empresas, corporações e muitas vezes setores inteiros a elevar seus padrões.
  • Influenciar nas expectativas de clientes e principais stakeholders.

Além disso, as ONGs chamam cada vez mais a atenção para empresas que estão progredindo em questões caras aos ativistas, e usam esse “bom comportamento” para denunciar o “mau comportamento” de outras companhias.

Assista: “Refinitiv Perspectives LIVE – ESG Investment, a Cure all for Asset Management?”

Olhar abrangente

À medida que as organizações se esforçam para gerenciar e mitigar o risco de terceiros em vastas cadeias de suprimentos internacionais e em meio à crescente pressão regulatória, torna-se claro que aquelas que adotarem uma abordagem holística do compliance e da sustentabilidade estarão em melhor posição para navegar nesse ambiente.

Leia nosso white paper Global Sustainable Development para descobrir como o crime verde –que está intimamente ligado à corrupção, ao crime organizado e à lavagem de dinheiro— pode ser mitigado por meio de ferramentas de gerenciamento de risco da cadeia de abastecimento, dados ESG e uma maior colaboração entre as diversas partes.

Monitorar ativamente os fatores ESG nas cadeias de suprimentos tornou-se um aspecto essencial do processo de enhanced due diligence (EDD).

O EDD fornece integridade detalhada e verificações de histórico avançadas sobre entidades e indivíduos em todos os pontos geográficos. Além disso, a ferramenta oferece informações direcionadas que ajudam as organizações a mitigar o risco de terceiros.

Ao analisar dados ESG juntamente com iniciativas de EDD, as empresas obtêm insights valiosos para ajudá-las a navegar em um ambiente no qual o risco regulatório não está mais claramente definido, e podem apoiar ativamente práticas sustentáveis para o benefício de todos os stakeholders.

Companhias que adotam uma abordagem de melhores práticas –promovendo a convergência do compliance e da sustentabilidade ao adotar requisitos “voluntários” ao lado de obrigações regulatórias— podem atender às demandas dos reguladores e, de quebra, transformar funções de conformidade em ações estratégicas de inovação.