Em novo episódio do Refinitiv Expert Talk, nos debruçamos sobre os desafios de compliance que afetam o setor de bancos digitais e fintechs e mostramos o caminho das pedras para lidar de forma eficiente com os riscos de crimes financeiros.
- Com tecnologia de ponta e dados precisos, as fintechs estão transformando o mundo financeiro. O problema é que, paralelamente, grupos criminosos que atuam na esfera virtual exploram essas mesmas tecnologias em uma série de atividades ilícitas, que vão de lavagem de dinheiro a roubo de identidade e fraude, entre outras.
- Em meio a essa realidade, as fintechs vêm procurando implementar processos de prevenção à lavagem de dinheiro (AML) e melhorar os protocolos de KYC (Know Your Client). Mas isso tudo precisa ser feito sem que a experiência do cliente seja comprometida.
- Neste post, apresentamos cinco medidas que devem, absolutamente, fazer parte de um programa de compliance de AML para fintech (e aqui estão incluídas as processadoras de pagamento e as exchanges de criptomoedas).
Fintechs e fraudes: uma relação perigosa
Cada vez mais dinâmico e em constante evolução, o segmento das fintechs segue revolucionando o setor de serviços financeiros.
Sejam elas bancos digitais, processadoras de pagamento, exchanges de criptomoedas, seguradoras ou gestoras de patrimônio, essas novas empresas –que têm o privilégio de já terem nascido digital— estão sacudindo o mundo das finanças ao aproveitar dados confiáveis e tecnologia de ponta para entregar mais com menos recursos.
Mas, como nada é perfeito, criminosos que operam no mundo virtual já perceberam que as mesmas tecnologias utilizadas pelas fintechs podem virar suas aliadas em uma série de práticas ilícitas, como lavagem de dinheiro, roubo de identidade, fraude financeira e muito mais.
Não é de surpreender, portanto, que entidades reguladoras do mundo inteiro estejam concentrando a atenção nesse setor, e que, diante disso, as obrigações de compliance para as fintechs venham aumentando.
Com o maior escrutínio –e considerando-se que as consequências de não se manter em conformidade podem ser graves— as fintechs simplesmente não podem correr o risco de não cumprir suas obrigações de AML, mas, infelizmente, isso nem sempre é tão fácil quanto parece.
Por um lado, essas empresas devem implementar processos robustos de conformidade de AML e de KYC. Mas, por outro, não podem se dar ao luxo de comprometer as experiências da clientela, que devem continuar ocorrendo de forma suave, instantânea e ininterrupta.
Ou seja, é urgente que as fintechs encontrem o equilíbrio certo para garantir a conformidade efetiva e prevenir fraudes sem deixarem de ser transparentes e amigáveis aos clientes.
Faça o download do Expert Talk “How Digital Banks Can Turn AML/KYC Challenges Into Opportunities”
Medidas para um plano de compliance de AML eficaz
Diante desse panorama, como as fintechs podem desenvolver estruturas eficazes de conformidade de AML?
Bem, antes de mais nada é preciso garantir o acesso a dados e tecnologia que sejam realmente robustos e confiáveis. Com esses recursos à disposição, os benefícios serão imediatos, e englobam desde prevenção de fraudes e outros crimes financeiros até melhoria da experiência do cliente.
No entanto, as vantagens de adotar tecnologia de última geração e de migrar para processos digitais não param por aí. A automação aumenta a eficiência, economiza tempo, reduz custos e, consequentemente, permite aos profissionais de compliance se concentrar em áreas de maior valor agregado do negócio. E, de quebra, ela reduz os erros de digitação que costumam ser comuns em operações manuais.
Dito isso, vamos aos cinco passos que devem ser tomados na hora de se criar um programa de conformidade de AML para fintech:
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Integração do cliente
Ao migrar de processos manuais de integração para os equivalentes digitais, a fintech não apenas contará com os diversos benefícios descritos acima, mas também terá, desde o início, uma oportunidade de ouro para criar experiências positivas para o cliente.
Um sistema holístico de onboarding digital é capaz de avaliar os clientes ao compará-los com conjuntos de dados de triagem inteligente, além de conferir as suas informações com fontes de dados confiáveis e autenticar os documentos para garantir que não sejam fraudulentos. No entanto, também é preciso atender a outros requisitos.
Nosso checklist de melhores práticas para onboarding digital inclui:
- As verificações de “liveness” e correspondência facial estão sendo feitas?
- Há uma triagem para confirmar se os dados são confiáveis e completos?
- As verificações de mídia adversa estão sendo concluídas?
- Há uma pontuação de risco transparente para cada cliente?
- As análises estão sendo concluídas em tempo real?
- Os dados estão disponíveis em formato legível por máquina para que os sistemas de back-end possam consumí-los?
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Monitoramento contínuo
Embora a integração inicial seja uma parte crucial da equação, o monitoramento contínuo também é fundamental. Isso porque os riscos mudam ao longo do tempo, exigindo que as avaliações baseadas em risco de relacionamentos contínuos sejam mantidas relevantes e atualizadas.
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Triagem e monitoramento de transações
Apesar de a triagem contínua da clientela (com base em seus níveis de risco) ser primordial, é preciso rastrear e monitorar todas as transações/pagamentos de clientes em busca de sinais de alerta que possam indicar potenciais atividades ilícitas.
Por exemplo, um comportamento inesperado ou uma anomalia na conta bancária de um indivíduo pode sugerir, por exemplo, que ela foi “sequestrada”, e isso justificaria uma investigação mais aprofundada.
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Alertas de “mudança da circunstância”
Os alertas formam uma parte importante de uma estrutura de compliance robusta e podem ser programados para que as alterações em pontos de dados específicos (por exemplo, uma alteração de endereço) acionem processos de KYC adicionais com base em parâmetros de risco predefinidos.
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Pontuação de risco
Para estabelecer uma classificação de risco do cliente que seja, de fato, precisa, é necessário considerar uma série de fatores que, em conjunto, fornecem uma pontuação sólida.
A pontuação de risco também tem de ser dinâmica e levar em consideração as mudanças nas circunstâncias para garantir que os clientes recebam, individualmente, os produtos e serviços certos com base em sua classificação.
Parceria para o sucesso
Os recursos de triagem e integração digital da Refinitiv podem entregar benefícios imediatos às fintechs que estão lutando para acompanhar as crescentes obrigações regulatórias de AML e KYC.
Nossa plataforma de onboarding digital utiliza o poder da tecnologia API avançada para oferecer às empresas maior flexibilidade e economia.
A ferramenta de verificação de identidade digital e prova de documentos Qual-ID da Refinitiv, combinada com nosso banco de dados de triagem World-Check Risk Intelligence (líder do setor), representa uma solução completa de onboarding.
Os dados de inteligência de risco do World-Check são pesquisados e coletados por centenas de analistas em todo o mundo.
À medida que o universo das fintechs se expande e evolui e as regulamentações avançam, certamente surgirão novas dificuldades na área de risco e compliance. Mas, com a tecnologia e ferramentas certas, dados de qualidade e uma abordagem holística, podemos ajudá-lo a enfrentar esses desafios, mitigando riscos e se mantendo sempre em conformidade .
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