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Sua empresa cumpre com todos os regulamentos de AML?

Não estamos aqui para te assustar, mas é preciso, sim, ficar alerta, já que em 2022, centenas de milhões de dólares em multas foram impostas a organizações financeiras em todo o mundo por incapacidade ou falha em aderir aos regulamentos de AML. Portanto, se a sua empresa não possui um programa robusto de KYC e AML, é hora de rever essa situação.


  1. Em 2022, bancos e outras instituições financeiras foram multados em quase US$ 5 bilhões por infrações relacionadas à lavagem de dinheiro, violações de sanções e falhas em seus sistemas de KYC.
  2. Os EUA foram o país mais agressivo na imposição de multas, acumulando, sozinho, US$ 37 bilhões em autuações.
  3. Além do prejuízo financeiro, as instituições penalizadas têm de lidar com extenuantes (e onerosos) planos de remediação, que sobrecarregam equipes de gerenciamento que deveriam estar voltadas para a linha principal de negócio.

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Uma série de pesquisas recentes demonstram que as multas globais por falhas na prevenção à lavagem de dinheiro (AML) e outros crimes financeiros aumentaram mais de 50% apenas no ano passado, escancarando os riscos que bancos e outras instituições financeiras enfrentam atualmente.

A alta no número de penalidades decorre tanto do aperto regulatório dirigido a esse setor da economia quanto do surgimento de avançadas tecnologias que acabam aumentando a vulnerabilidade das empresas e dos consumidores a golpes e fraudes. Sim, parece um contrassenso, mas novos serviços financeiros que visam apenas facilitar o dia-a-dia dos clientes, como no caso dos bancos, também abre portas para indivíduos mal-intencionados cometerem os mais variados tipos de crimes financeiros –e muitas vezes sem deixar rastros.

Na esperança de mitigar esse desastroso cenário, agências reguladoras do mundo todo têm modificado, aperfeiçoado e enrijecido as normas que visam controlar os protocolos operacionais das instituições, impedindo que criminosos canalizem dinheiro por meio do sistema financeiro global.

US$ 5 bilhões em multas

De acordo com uma recente reportagem do Financial Times, apenas no ano passado, bancos e outras instituições financeiras foram multados em quase US$ 5 bilhões por infrações relacionadas à lavagem de dinheiro, violações de sanções e falhas em seus sistemas de KYC. Se somarmos todas as penalidades aplicadas desde 2008, ano em que eclodiu a crise financeira global, esse número salta para quase US$ 55 bilhões. E vale dizer que, como as multas normalmente são emitidas vários anos após as infrações, os números mais recentes ainda nem incluem as instituições financeiras que foram pegas desprevenidas diante da infinidade de sanções decorrentes da invasão russa à Ucrânia no ano passado.

Entre os países com maior quantidade de penalidades referentes a AML em 2022 estão Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Cingapura e Hong Kong. Os EUA foram o país mais agressivo na imposição de multas, acumulando, sozinho, US$ 37 bilhões em autuações, seguidos por cerca de US$ 11 bilhões na Europa, Oriente Médio e África, e pouco mais de US$ 5,1 bilhões na Ásia-Pacífico.

E, em meio às milhares de organizações punidas pelos reguladores, provavelmente o caso mais significativo foi o USAA Federal Savings Bank, multado em US$ 140 milhões pelo The Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN) no ano passado. A punição foi imposta devido à falha intencional em relatar de forma precisa e oportuna milhares de transações suspeitas, incluindo clientes que usam contas pessoais para claras atividades criminosas. “O USAA FSB falhou intencionalmente em garantir um programa de compliance satisfatório, resultando em milhões de dólares em transações suspeitas fluindo pelo sistema financeiro dos EUA sem relatórios apropriados”, disse o diretor interino do FinCEN, Himamauli Das. “A ação de hoje sinaliza que o crescimento e a conformidade devem estar associados, e as deficiências do programa AML […] devem ser tratadas de forma rápida e eficaz.”

Como se percebe, organismos como FinCEN, Office of Foreign Assets Control (OFAC) e outras entidades reguladoras ao redor do globo são extremamente rígidas com violações aos regulamentos de AML. Além disso, como hoje em dia esse tipo de informação é acessível ao público, os danos à reputação podem se alastrar descontroladamente, maculando o nome da instituição de forma muitas vezes irreversível; sem mencionar os enormes honorários advocatícios e horas de trabalho que serão destinadas a conter a crise.

Efeitos colaterais

Acredita-se que tanto a frequência quanto o valor das multas associadas à AML aumentem à medida que as autoridades fecham o cerco a organizações do setor financeiro. E, ao que tudo indica, agências reguladoras internacionais, como a US Financial Industry Regulatory Authority (FinRA) também começarão a tomar medidas contra pequenas empresas que não fizerem um monitoramento razoável para relatar atividades e transações suspeitas.

No entanto, independentemente do prejuízo financeiro, as instituições penalizadas têm de lidar com extenuantes (e onerosos) planos de remediação, que sobrecarregam equipes de gerenciamento que deveriam estar voltadas para a linha principal de negócio. Além disso, a tolerância dos investidores às deficiências de AML dos bancos está cada vez mais baixa, e aqueles focados em ESG enxergam as instituições financeiras que falham nesse terreno como não merecedoras de seus investimentos. Ou seja, cortar atalhos nos processos de AML/KYC simplesmente não faz sentido econômico quando as multas, os custos de remediação e os danos à reputação podem ser tão altos.

Como ter uma estrutura de AML realmente eficaz

Os especialistas de Risco e Compliance da Refinitiv, uma empresa do London Stock Exchange Group (LSEG), destacam os principais elementos a se considerar ao construir uma matriz de AML:

1) Onboarding

Triagem eficaz, KYC e due diligence aprimorada quando necessário são os principais pilares de uma integração bem-sucedida do cliente. “Mas lembre-se que garantir uma experiência positiva para a clientela continua sendo essencial”, ressalta Pedro Cunha.

O onboarding digital transforma processos de integração demorados, baseados em papel e os substitui por experiências dinâmicas e amigáveis ao cliente que também aumentam a eficiência e economizam tempo. Contudo, é importante ter em mente que todas as verificações realizadas devem ser auditáveis.

2) Monitoramento continuo

As obrigações de AML vão muito além da integração inicial. Monitorar constantemente o comportamento do cliente também é crucial, uma vez que sinais de alerta podem surgir em qualquer estágio e verificações contínuas são necessárias para avaliar esse risco.

3) Monitoramento de transações

Pelo mesmo motivo citado acima, o monitoramento contínuo das transações dos clientes é fundamental.

4) Pontuação de risco

Existem vários fatores que contribuem para uma pontuação de risco do cliente. É importante que todas as informações capturadas sejam agrupadas e que cada sistema usado tenha um conjunto de resultados legível por máquina que possa ser continuamente alimentado no mecanismo de risco, garantindo que a experiência do cliente seja consistente com qualquer possível risco marcado contra ele.

Como a Refinitiv pode ajudar sua empresa

As soluções de risco e compliance da Refinitiv acompanham os clientes durante todo o processo de AML. Conheça cada uma delas:

  • World-Check Risk Intelligence da Refinitiv

Simplifique o processo de screening de clientes e terceiros com uma tecnologia de ponta aliada à experiência humana. Os dados do World-Check são totalmente estruturados e agregados, e sem duplicações. Eles podem ser facilmente absorvidos em várias plataformas de screening de fluxos de trabalho, seja internamente, na nuvem ou em soluções de terceiros por meio de um método de fornecimento que atenda às suas necessidades. O World-Check cobre:

    • Pessoas Expostas Politicamente (PEPs), associados e membros da família.
    • Entidades estatais e empresas com participação estatal.
    • Listas globais de sanções.
    • Sanções detalhadas (informações sobre propriedade das sanções)
    • Listas globais de regulamentos e fiscalização.
    • Mídia adversa.
    • Iran economic interest (IEI).
    • Proprietário beneficiário final.
    • Títulos sancionados.
    • Informações sobre embarcações.
  • Due Diligence Centre

Nosso Due Diligence Centre centraliza seus processos de gerenciamento de riscos de terceiros e orienta os interessados em cada etapa do processo durante todo o ciclo de vida do relacionamento de terceiros, avaliação inicial, integração, monitoramento contínuo, renovação ou fim da vida útil.

Vamos além da abordagem padrão das soluções de risco tradicionais de fornecedores e terceiros, permitindo que você crie fluxos de trabalho dinâmicos e personalizados que garantem a supervisão adequada com base nos riscos relevantes para seus negócios, fornecedores e terceiros.

Nossa plataforma também foi criada para se integrar facilmente ao planejamento de recursos corporativos (ERP) existente e aos sistemas de gerenciamento de fornecedores.

  • Relatórios de due diligence

Oferecemos uma variedade de relatórios de due diligence que conduzem uma investigação de histórico, situação financeira e reputação de um indivíduo. Eles são projetados para permitir que você tome decisões críticas sobre suas parcerias de negócios. Nossos relatórios proporcionam:

* Due diligence de baixo custo.

* Tempos de resposta claros, previsíveis e respeitados.

* Cobertura global, aprimorada pelo conhecimento local.

* Simplicidade e segurança, com opções de pedidos e entrega online via interface do usuário e API online.

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