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Atenção máxima ao risco de terceiros na aquisição de empresas

Em nosso mais recente webinar, analisamos o risco de terceiros no setor de aquisição de empresas e como isso pode afetar todo o processo de tomada de decisões de investimento de uma companhia. Veja aqui um resumo do que foi abordado no evento.


  1. O webinar “Third-party risk and acquisitions: making informed investment decisions” explora como o risco de terceiros afeta o processo de tomada de decisões de investimento.
  2. No evento online também tivemos a oportunidade de descobrir novas maneiras de melhorar os programas de gestão de riscos de terceiros a fim de tomar decisões de investimento mais embasadas e seguras.
  3. É importante que as empresas conduzam processos de due diligence em firmas terceirizadas. Caso contrário, elas poderão ser responsabilizadas pelas ações dessas entidades.

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Due diligence em processos de aquisição corporativa

A aquisição de uma empresa costuma ser uma empreitada bastante complexa, e que exige uma due diligence robusta a fim de detectar os potenciais riscos e oportunidades inerentes ao negócio.

Para os compradores, a due diligence revela os riscos envolvidos na compra de outra empresa, fornecendo informações importantes sobre o alvo e avaliando ainda mais as oportunidades que isso traz para a mesa. Mas o processo também acaba beneficiando os próprios vendedores, já que os ajuda a entender melhor a organização (ou indivíduos) com que estão negociando.

Para os adquirentes, um ponto importante a ser lembrado ao realizar a due diligence é que o risco não se limita à empresa-alvo; se estende a toda a sua rede terceirizada. Assim, companhias que estão interessadas em comprar uma outra empresa devem, antes de mais nada, ter uma visão abrangente do risco que irão enfrentar em redes de fornecimento, distribuição e clientes, entre outras.

Negligenciar essa parte do processo de aquisição pode ter sérias implicações, já que, atualmente, as corporações são cada vez mais responsabilizadas –principalmente pelos reguladores, mas também pelos consumidores– pelas ações de seus terceiros.

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Como identificar oportunidades viáveis

Não há como escapar: qualquer aquisição trará riscos adicionais para os envolvidos no negócio. Mas esses vários riscos precisam ser totalmente explorados até que os compradores decidam se darão ou não continuidade às tratativas comerciais.

Como se vê, uma due diligence completa, robusta e detalhada não é algo que seja negociável, é condição básica para o andamento de um empreendimento desse tipo. O problema é que, geralmente, ela é cara e demorada –e, não raro, esbarra em recursos finitos.

Assim, recomenda-se que os recursos disponíveis sejam canalizados para os negócios com mais chance de serem viabilizados. Para identificá-los, são necessários quatro passos:

  1. Realizar uma avaliação inicial de todas as potenciais oportunidades disponíveis.
  2. Selecionar as oportunidades mais viáveis desse universo.
  3. Analisar cada uma delas para identificar possíveis negócios.
  4. Avançar para a execução dos negócios.

Em geral, os recursos internos de uma empresa dão conta da due diligence preliminar, realizada durante os dois primeiros estágios descritos acima. Já os dois passos finais costumam exigir uma due diligence mais robusta, que requer informações de especialistas externos.

Foco no risco de terceiros

Assim que forem identificados os negócios com maior viabilidade e os recursos estiverem alocados, o processo de due diligence pode avançar.

Ele precisa se estender além do próprio alvo de aquisição e deve incorporar uma análise completa da rede terceirizada do alvo, incluindo fornecedores e clientes.

O risco de terceiros pode ser classificado em seis categorias amplas: 1. integridade, 2. identidade, 3. financeiro, 4. ambiental, social e de governança (ESG), 5. operacional e de qualidade, 6. dados e cibernético. Se qualquer um (ou mais) desses riscos causar preocupação, é preciso sinalizá-lo e submetê-lo a uma investigação mais aprofundada.

Embora todos esses riscos devam receber a devida atenção, o risco de integridade costuma estar no topo da agenda de muitas empresas. Isso é confirmado pelos resultados de uma pesquisa online com os participantes de nosso webinar, a maioria dos quais concorda com o fato de o risco de integridade figurar em primeiro lugar na lista de preocupações com terceiros ao se considerar um investimento, fusão ou aquisição.

Saiba lidar com os desafios de due diligence

Recursos limitados, restrição de tempo, falta de acesso a dados e muitos outros problemas provavelmente afetarão os processos de due diligence da maioria das empresas.

Por isso, elencamos aqui cinco recomendações que devem ser seguidas por companhias que sem encontram em processo de adquirir uma outra empresa:

  • Ao selecionar suas fontes de due diligence, os registros oficiais e do governo são cruciais, mas também é vital acessar informações de negócios mais amplas. Informações colhidas de “fontes informais” também podem fornecer insights relevantes que vão ajudá-lo a formar uma visão mais holística da empresa alvo.
  • Vasculhe tudo, “não deixe pedra sobre pedra”. Mas sempre adote uma abordagem baseada no risco. Isso significa primeiro quantificar o risco e a exposição e, em seguida, mergulhar mais profundamente nas áreas de preocupação.
  • Depois de concluir a due diligence do investimento, precifique cada um dos riscos encontrados de forma que isso reflita em sua oferta.
  • Selecione seus consultores externos de due diligence com cuidado. Eles desempenharão um papel fundamental em sua aquisição e devem complementar sua expertise
  • As aquisições costumam ser investimentos de longo prazo. Por isso, é importante lembrar que os riscos podem surgir com o tempo. Ou seja, o que não parece um risco hoje, pode se tornar um risco no futuro.

E, por fim, uma palavra final de nossos panelistas: “embora essas diretrizes possam ajudá-lo a tomar decisões mais acertadas e objetivas, é crucial lembrar que cada negócio é diferente do outro e que uma abordagem única nunca será suficiente. Cada potencial aquisição deve ser avaliada por seu próprio mérito.”

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