Novo Expert Talk da Refinitiv se debruça sobre a crescente necessidade de due diligence relacionada a fatores ESG na análise pré-negociação de private equity.
- Um processo robusto de due diligence –e, especialmente, um que inclua a verificação de questões ESG— são cada vez mais importantes para ajudar os investidores a identificar uma série de potenciais riscos antes de concluir qualquer negócio com private equity (PE).
- Além de ampliar o escopo da due diligence, a adoção de medidas adicionais para mitigar riscos são essenciais antes das transações com PE.
- E, como a due diligence é um processo contínuo, estabelecer uma parceria confiável com especialistas da área pode agregar valor imediato à sua empresa.
O papel fundamental da due diligence ESG
Potenciais aquisições e investimentos em private equity –que envolvem empresas e ativos ilíquidos, privados ou não listados em bolsa– devem ser minuciosamente estudados e investigados antes de se concluir qualquer tipo de negócio.
Esta é a principal mensagem do mais recente Expert Talk da Refinitiv, que também destacou a importância de se avaliar de forma abrangente quaisquer riscos que possam estar associados a um investimento em private equity. Afinal, como o principal desafio em qualquer negócio que inclua PE é maximizar a rentabilidade, reduzir ao máximo os riscos é de suma importância.
E é justamente nesse ponto que uma due diligence ampla e completa, que pode ajudar os investidores a identificar uma série de riscos potenciais, se torna indispensável.
No novo Expert Talk da Refinitiv, os palestrantes fizeram questão de sublinhar que, além dos riscos referentes a questões financeiras ou de tecnologia da informação, os fatores de risco ESG também devem estar no centro das atenções, à medida que a legislação e as diretivas ESG continuam a ganhar força em todo o mundo. E, como exemplo desse movimento global, foram citados a Lei Alemã de Due Diligence na Cadeia de Abastecimento (SCDDA) e a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) da Comissão Europeia.
Para se ter uma ideia da abrangência que a nova legislação relativa a pontos ESG vem tomando, a SCDDA alemã, em vigor desde janeiro deste ano, regula a responsabilidade corporativa em torno de questões ligadas a direitos humanos e padrões ambientais, exigindo, inclusive, que o processo de due diligence se estenda a parceiros contratuais da empresa e outros fornecedores, além de subcontratados indiretos.
Já a CSRD da Comissão Europeia, também vigente desde o início de 2023, impõe às empresas que seja relatado em detalhes como as suas atividades comerciais impactam as pessoas e o meio ambiente, e de que forma a sustentabilidade permeia cada organização.
Como se pode perceber, deixar de cumprir com estes e outros regulamentos relevantes que já se encontram em vigor em diversos países pode gerar consequências significativas, que passam por pesadas multas financeiras e, obviamente, danos à reputação.
Portanto, é fundamental que qualquer nova aquisição ou investimento esteja em conformidade com os regulamentos relacionados a ESG, e que não venham a introduzir inadvertidamente riscos para o fundo de private equity.
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Melhores práticas
Diante desse quadro, nosso Expert Talk traz uma série de insights práticos sobre como adequar um programa de boas práticas à necessidade de due diligence ESG.
Mas, para isso, é preciso se informar, conhecer e, sobretudo, compreender a fundo as políticas e práticas ESG de qualquer empresa-alvo antes de concluir um negócio.
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Ambiental:
Deve-se avaliar as iniciativas de gestão de resíduos, utilização de energia, controle da poluição, tratamento de animais e esforços de conservação de uma empresa-alvo (isso, sem falar de outros pontos importantes e que variam conforma o setor de atuação da organização).
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Social:
Entre os fatores a serem considerados estão a gestão do relacionamento com os fornecedores, condições de trabalho seguras e saudáveis para os funcionários e existência de apoio às iniciativas da comunidade local.
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Governança:
Os fundos de private equity devem garantir, por exemplo, que uma empresa-alvo mantenha a transparência na sua contabilidade e promova a participação dos acionistas. Eles também precisam entender como o alvo lida com conflitos de interesses e outros desafios.
Além da importância de ter em mãos informações como estas, é essencial conduzir pesquisas mais amplas de due diligence, que devem englobar:
- Triagem e pesquisas adicionais onde forem identificados pontos de preocupação.
- Verificações oficiais de registro corporativo.
- Análise de propriedade e registros de Ultimate Beneficial Owner (UBO).
- Análise de mídia para detectar qualquer mídia adversa.
- Verificações regulatórias e de processos contenciosos.
- Consultas de reputação.
E para uma mitigação de riscos mais ampla, que vai além da due diligence, é preciso:
- Fazer uma análise detalhada de riscos da empresa alvo e de seus fornecedores (diretos e indiretos).
- Formular, estabelecer e adotar declarações de política pós-aquisição.
- Desenvolver abrangentes procedimentos de remediação.
- Deixar registrado formalmente os pontos de insatisfação/preocupação que foram identificados, documentando claramente todas as conclusões.
O parceiro certo para a sua due diligence
Ao considerar qualquer aquisição ou investimento –incluindo aqueles que se enquadram no âmbito de private equity–, muitas organizações descobrem que os volumes de informação que devem ser analisados e avaliados podem ser assustadores. E é exatamente nesse momento que a parceria com um especialista confiável e especializado em programas de due diligence pode ser um trunfo valioso.
A utilização de especialistas externos não só garante independência e objetividade, mas também auxilia na verificação de qualquer informação obtida pelo investidor.
Isso porque um parceiro de due diligence que se preze deve, além de ter acesso a dados de ponta, oferecer cobertura global e insights regionais e locais que sirvam de base para boas decisões de investimento.