Conversamos com Sylwia Wolos, diretora de Enhanced Due Diligence Proposition, para entender os novos requisitos sobre risco de terceiros para o setor financeiro.
Neste mundo moderno e em constante movimento, novos riscos surgem a cada dia. Enquanto, por um lado, os reguladores estão sempre aumentando suas exigências, por outro, uma paisagem geopolítica volátil gera novos riscos. Isso porque as empresas crescem e expandem seus produtos e clientes e exploram novos territórios operacionais.
Por isso, os programas de compliance devem ser flexíveis para identificar e responder de maneira eficiente a novos riscos, além de sinalizar quando a Enhanced Due Diligence (EDD) faz-se necessária tanto para o cliente quanto para terceiros.
Processos que se sobrepoem
Sylwia Wolos explica que, no setor financeiro, a maioria dos processos de Due Diligence de clientes e de terceiros se sobrepõe. “Os objetos dos processos de Due Diligence são diferentes, mas as ferramentas de pesquisa, o acesso a fontes e a expertise em conhecimento de idiomas ou de mercados são os mesmos”.
A diretora de Enhanced Due Diligence Proposition da Refinitiv acredita que o melhor jeito de os bancos cumprirem com a regulamentação anti-suborno e corrupção (anti-bribery and corruption regulation –ABC), e com as regulações contra escravidão, é trabalhando com uma cadeia de suprimentos transparente.
Wolos também enfatiza a importância de os bancos manterem suas equipes de risco alinhadas no que diz respeito a processos de lavagem de dinheiro e de risco de terceiros. Dessa forma, os diferentes times de compliance não vão repetir desnecessariamente o mesmo trabalho.
Ela acredita que a chave para o sucesso nesses processos é a tecnologia certa.
Posição de vantagem
Instituições financeiras que têm uma vasta experiência em processos de “Know your Customer” frequentemente encontram-se em melhor posição se comparadas a empresas de fora do setor financeiro que tentam melhorar a transparência da sua cadeia de fornecimento. Isso se deve à experiência e conhecimento que as instituições financeiras acumularam com suas políticas contra a lavagem de dinheiro e corrupção – sem falar em outras práticas de compliance regulatório.
Leia nosso guia: Overcoming Know Your Customer Compliance Challenges
Uma solução com múltiplos benefícios
Existem várias razões para atualizar um programa de compliance de terceiros com as mais recentes soluções tecnológicas:
- Ter agilidade e flexibilidade para atender às constantes mudanças nos riscos e regulações.
- Ser mais produtivo. É bem mais rápido fazer com que agentes e fornecedores colaborem com os processos usando ferramentas de gerenciamento de software.
- Evitar repetir o mesmo trabalho desnecessariamente alinhando os diferentes times de compliance.
- Melhorar a precisão da avaliação e coleta de conteúdo por meio de ferramentas de pesquisa e tecnologia disponíveis.
- Ter ferramentas de Enhanced Due Diligence mais completas e seguras para cumprir com rígidas regras de processamento de dados.
Liderando pelo exemplo
Um ótimo exemplo de automação bem-sucedida de um programa de compliance de risco de terceiros–realizado por meio de nosso conteúdo e da solução de software de um de nossos parceiros, a Pentair—, foi oferecido durante um webinar em dezembro de 2017.
Durante o webinar, Elisa Rampinini, Gerente de Compliance da Pentair, disse: “Nosso novo programa de compliance conseguiu envolver 90% das novas equipes de terceiros em apenas um dia após a apresentação.”
Próximos desafios
Sylwia Wolos resume: “Eu acho que será muito difícil cumprir com os novos requisitos da GDPR (General Data Protection Regulation) sobre o processamento de dados pessoais sem a tecnologia e a automação corretas”. Segundo ela, revisar o processo existente é um exercício bastante caro, mas não há dúvidas de que os ganhos potenciais obtidos com essas medidas justificarão o preço.
Saiba mais sobre Enhanced Due Diligence para ter uma visão completa dos seus parceiros de negócios
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