Os primeiros 100 dias de mandato do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deixaram uma marca nos mercados financeiros, com as ações ampliando os ganhos do ano passado, o dólar estagnando e os rendimentos dos títulos subindo.
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O S&P 500 está a caminho de subir 10% durante os primeiros 100 dias de Biden, superando os ganhos no mesmo período do mandato de qualquer outro presidente nas últimas quatro décadas.
Contando o avanço do S&P 500 do dia da eleição até o 100º dia de Biden no cargo, o índice acumula alta de cerca de 25%, representando “os maiores ganhos acionários pós-eleitorais de qualquer presidente em pelo menos 75 anos”, segundo analistas do JP Morgan.
Claro, o mercado tem estado em um forte caminho ascendente desde o tombo de março passado devido ao coronavírus, com o S&P apresentando recuperação de 90% ante suas mínimas de 2020, após uma combinação massiva de estímulo do Federal Reserve e parlamentares dos EUA, ajudado também por forte interesse de investidores domésticos de varejo.
Ainda assim, muitos observadores do mercado acreditam que pelo menos alguns dos ganhos do mercado deste ano podem ser atribuídos aos 1,9 trilhão de dólares em estímulos que Biden já adotou, bem como um plano de infraestrutura proposto de 2,3 trilhões de dólares.
Enquanto as ações dispararam com o crescente apetite por risco dos investidores, o dólar definhou. A moeda norte-americana está a caminho de registrar um ganho de apenas 0,1% contra uma cesta das seis principais moedas, a menor variação nos primeiros 100 dias de qualquer presidente nas últimas quatro décadas.
Os juros próximos de zero e as garantias do Fed de que vai manter uma postura acomodatícia pelo tempo que a economia dos Estados Unidos levar para se recuperar estão entre os fatores que estão pressionando o dólar.
O dólar recebeu algum apoio de uma forte alta nos rendimentos dos Treasuries ao longo do primeiro trimestre, o que levou os investidores especulativos a reduzirem suas apostas de baixa da moeda americana.
Essa movimentação nos rendimentos estagnou no segundo trimestre, no entanto, deixando o dólar cambaleando mais uma vez.