A Refinitiv acaba de criar a Measure UP, nova parceria com a Fortune para tornar mais transparentes as práticas de inclusão no local de trabalho, elevando a igualdade racial e étnica ao topo da agenda corporativa. Por que o Measure Up faz a diferença
Só o que é medido, pode ser gerenciado. Portanto, até que as organizações se comprometam a computar e divulgar seus dados de diversidade, será difícil progredir de verdade.
O Measure Up se ocupa da imensa barreira responsável por bloquear o avanço da justiça social e equidade nas corporações, ou seja, a falta generalizada de diversidade racial e étnica.
Muitas empresas afirmam ser diversificadas e inclusivas, mas onde estão os dados?
Em meados deste ano, um estudo preliminar conduzido pelo Customer Operations Team da Refinitiv selecionou aleatoriamente 50 empresas que integram a lista Fortune 500. Entre essas, apenas 28 relataram a “Composição Geral de Raça/Etnia dos Funcionários”, e cinco, o “Grupo de Raça/Etnia em Nível de Diretoria”.
Das 50 companhias globais (fora dos EUA) que estudamos, somente seis reportaram o “Grupo de Raça/Etnia de Funcionários em geral”, e nenhuma, o “Grupo de Raça/Etnia em Nível de Diretoria”.
Para ser justo com essas e outras organizações globais, não podemos culpá-las sozinhas pela inexistência de dados medidos e relatados de forma consistente. Afinal, esse é um tópico altamente sensível e pessoal para funcionários em geral.
Além disso, as leis de privacidade de dados em algumas jurisdições ainda dificultam essa medição e gerenciamento. E o setor financeiro carece de clareza e concordância sobre os padrões de divulgação, o que o torna parcialmente responsável pelas lacunas atuais nas bases de dados.
Já vemos algumas referências ao tema incluídas no mapa de materialidade do Sustainable Accounting Standards Board (SASB). E entre os países, o Canadá lidera neste assunto, sendo a primeira jurisdição em todo o mundo a exigir a divulgação da diversidade (além do gênero) pelas corporações regidas pelo Canada Business Corporations Act (CBCA).
O Measure Up é revolucionário porque oferece uma oportunidade única para que as empresas da Fortune 500 possam medir, contribuir e usar como referência seus dados de diversidade racial e étnica. Isso as ajuda a se manter em um padrão mais elevado, o que, por sua vez, acaba beneficiando os negócios, as comunidades e a economia global.
Acredito que este seja um passo importante em direção a melhores políticas e maior transparência sobre um tema que faz parte da área mais desafiadora de ESG, a Social (e devemos admitir que o S é o segredo mais bem guardado desse universo). Ainda falta clareza sobre o assunto, e progredir nessa agenda por meio de uma parceria impactante como esta com a Fortune, me deixa muito animada e otimista.
Como funciona
O Measure Up destaca a necessidade de um retrato preciso da composição racial das corporações em todos os níveis organizacionais, refletindo o monitoramento e relatórios de diversidade de gênero existentes. Por meio desta iniciativa, incentivamos e permitimos que as organizações compartilhem medidas relacionadas às minorias existentes em sua força de trabalho com todos os stakeholders.
O Measure Up permite que as empresas divulguem uma lista básica de medidas que digam respeito à raça e etnia, além de outros pontos de dados ESG. Isso incentivará as empresas já focadas em questões de diversidade e inclusão (D&I) a elevar ainda mais os seus padrões, mas também fará com que todas elas pensem de forma mais proativa sobre seus compromissos nesse sentido e desempenho no médio e longo prazo.
Com insights baseados em dados e acesso ao ESG Data Contributor Tool, a Refinitiv encontra-se em uma posição única para ajudar os líderes das maiores empresas do mundo. Podemos auxiliá-los a definir metas transparentes em torno da inclusão no local de trabalho, formular estratégias e táticas eficazes e acompanhar e relatar a performance ao longo do tempo. O objetivo é ajudar as corporações a criar retornos mensuráveis para seus stakeholders, incluindo investidores e funcionários.
Quando a lista Fortune 500 de 2021 for publicada, no meio do próximo ano, haverá um novo recurso para filtrar os dados de D&I relatados por uma empresa. Fornecido pela Refinitiv, ele vai separar e classificar as organizações de acordo com esses dados, identificando as mais diversificadas e racialmente inclusivas.
A Fortune também produzirá em 2021 a lista “Most Progressive Companies in Racial Inclusion”, alimentada por dados ESG da Refinitiv.
Uma parceria poderosa
O papel central da Refinitiv nesta parceria é fornecer seus principais ativos (dados, análises e tecnologia), bem como sua experiência de mais de quinze anos em D&I para orientar e apoiar o processo.
Não planejamos parar por aí. Em seguida, vamos estender esta iniciativa a toda a nossa cobertura de dados ESG, que já abrange 10.000 empresas ao redor do globo e cresce continuamente.
Esta semana, estamos habilitando as empresas da lista Fortune 500 a acessar a plataforma de tecnologia da Refinitiv, onde elas poderão revisar, atualizar e acompanhar seus dados de D&I, bem como o conjunto de dados ESG.
Por sua vez, a Fortune tem aproveitado o relacionamento que mantém com milhares de empresas –que participam de suas listas e eventos há quase cem anos— para inserí-las no Measure Up.
Social, a peça que faltava no ESG
A Refinitiv tem um forte histórico na área de ESG, permitindo que o setor financeiro integre a sustentabilidade às decisões financeiras e fluxos de trabalho. Contamos com uma cobertura consistente de dados desde 2002, que abrange temas ambientais, sociais e de governança.
O S (social) da sigla ESG é, sem dúvida, muito mais difícil de ser alcançado, mas extremamente importante.
Por isso, na Refinitiv trabalhamos com parceiros da indústria para enfatizar a importância desse elemento ao tomar decisões de investimento. Também promovemos orientação aos investidores e diálogo em busca de dados sociais práticos, relevantes e comparáveis.
Saiba mais sobre a iniciativa da Refinitiv e da Fortune
Aonde isso nos leva?
Os dados são a energia necessária para impulsionar o setor financeiro, mas também abrem caminho para mudanças sociais e transformações econômicas.
O objetivo final da Refinitiv é que essa iniciativa provoque mudanças nos mais altos níveis empresariais. Há um interesse claro dos líderes corporativos em examinar as abordagens de D&I de suas próprias instituições, visto que o tema é hoje amplamente discutido na sociedade. Mas essa disposição também ocorre porque eles sabem que equipes mais diversificadas tornam seus negócios mais fortes.
Uma pesquisa realizada em outubro de 2020 com o painel de CEOs da Fortune descobriu que 95% dos entrevistados concordam que diversidade e inclusão representam uma oportunidade estratégica.
Aliás, a correlação entre empresas mais diversificadas e melhor resultado financeiro já é bem documentada e reconhecida. E o motivo para que a grande maioria dos líderes tenha chegado a essa conclusão é, afinal, bastante lógico, já que empresas não são nada sem os funcionários. E, quando tratados de forma justa, eles desenvolvem seus pontos fortes. Se as pessoas são estimuladas e incentivadas a compartilhar opiniões diversas, há avanços na gestão, no atendimento aos clientes e em produtividade, levando a um melhor desempenho financeiro da companhia.
Por favor, contribua com seus dados de grupos minoritários por meio de nosso ESG Data Contributor Tool. Para uma melhor análise de tendências, solicitamos o envio de dados de três anos e, embora não seja obrigatório, isso dará à sua empresa a chance de obter uma avaliação mais precisa dos esforços, compromissos e desempenho do grupo minoritário.
Ao contribuir com dados ESG, você pode obter vantagem competitiva, garantindo que o mundo dos investimentos tenha acesso a referências oportunas sobre sua empresa.
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