Um novo white paper da Refinitiv em colaboração com a Probability & Partners examina possíveis maneiras de se montar uma carteira que prime pela sustentabilidade sem sacrificar desempenho financeiro. Entenda como isso pode ser feito.
- A fórmula costumava ser simples: para que pudessem preservar o desempenho, as metodologias tradicionais de criação de portfólio acabavam limitando o potencial de sustentabilidade.
- Agora, no entanto, uma nova abordagem fornece estratégias que ao mesmo tempo em que maximizam as pontuações ESG estabelecem requisitos de retornos mínimos.
- Dessa forma, os profissionais do setor podem elaborar carteiras muito mais sustentáveis e com desempenho financeiro acima dos benchmarks.
O white paper “Seleção de Portfólio: Retorno, Risco e Sustentabilidade”, elaborado por Ying Wu e Svetlana Borovkova, da Probability & Partners –empresa parceira da Refinitiv para soluções na área de gerenciamento e modelagem de risco—, aborda como os parâmetros ESG podem ser incorporados às carteiras de investimento em ações.
O documento expõe as limitações inerentes ao modelo de Média-variância para alocação de portfólio e otimização clássica de portfólio, que seleciona ações e otimiza apenas pesos das carteiras. E, em vez disso, se debruça sobre uma abordagem que, apesar de nova, é relativamente simples.
Faça o download do white paper: “Seleção de Portfólio: Retorno, Risco e Sustentabilidade”
Relação entre sustentabilidade e performance financeira
A nova conduta examinada pelo estudo da Probability & Partners adiciona considerações de sustentabilidade no estágio de seleção de ações (stocks). Seguindo esse enfoque, o white paper apresenta duas estratégias para avaliar a relação entre sustentabilidade e desempenho financeiro:
- Estratégia 1 – Uma métrica de sustentabilidade para a carteira de ações (neste caso a pontuação ESG) é maximizada, e um requisito de retorno mínimo, estabelecido.
- Estratégia 2 – O retorno do portfólio é maximizado e um requisito mínimo de pontuação ESG, imposto.
Aqui não há uma otimização direta da volatilidade da carteira, mas ela é parcialmente controlada por uma adequada diversificação dos setores.
Maximizando fatores ESG sem queda de resultados
O documento demonstra que as estratégias para maximizar a pontuação ESG (com uma exigência de retornos mínimos) e para aumentar o desempenho financeiro (com requisitos mínimos na área ESG) podem alcançar o equilíbrio tão almejado pelos participantes do setor: elevar o grau de sustentabilidade de um portfólio sem reduzir os ganhos.
Isso, inclusive, ocorre frequentemente na União Europeia e no Reino Unido, onde os resultados costumam ser superiores ao benchmark. Já nos EUA, eles não diferem significativamente do índice de referência.
Há também pequenas variações nos resultados dependendo do índice, dos parâmetros e, claro, do tamanho do portfólio, mas, em geral, o documento mostra que expandir os elementos ESG de uma carteira não acarreta necessariamente em retornos financeiros mais baixos.
Faça o download do white paper: “Seleção de Portfólio: Retorno, Risco e Sustentabilidade”