Como uma renomada organização internacional de notícias com diversos escritórios ao redor do globo faz para, de uma hora para outra, adaptar suas operações para o ambiente virtual, e justamente ao cobrir um evento histórico que gera demandas recordes por suas informações?
- À medida que a pandemia de Covid-19 progredia, a Reuters News, com 200 escritórios espalhados por 166 países, passou a conduzir um experimento de organização de trabalho em tempo real, transformando a maior organização de notícias multimídia do mundo em uma redação quase inteiramente virtual.
- A demanda aumentou de forma generalizada na esteira do intenso acesso dos clientes da Refintiv a informações em diferentes formatos –as recuperações de manchetes em tempo real por meio do aplicativo News Monitor [NEWS] saltaram 50% neste ano, e a procura por matérias selecionadas pela Reuters por meio do Top News [TOPNEWS] aumentou 25%.
- Acompanhe as principais manchetes do mercado, gráficos, dados, análises de impacto e muito mais por meio de nossos aplicativos Coronavirus e Macro-Vitals, ambos disponíveis no Eikon.
A Reuters e a Covid-19
O surto do novo coronavírus já vinha rendendo importantes matérias para a Reuters bem antes de gerar turbulências nos mercados e parar a economia mundial. Mas, para a maioria dos jornalistas fora da China, não passava de uma boa história –nunca um modo de vida.
A percepção de que isso seria algo capaz de envolver o mundo todo e que forçaria a Reuters a mudar a maneira como trabalha praticamente da noite para o dia, só se deu na última semana de fevereiro, quando investidores dos quatro cantos do globo começaram a abandonar os riscos e correr em bando para posições mais seguras. As semanas seguintes foram um frenesi: a Itália e outros países com um número crescente de mortos; um colapso no mercado global em velocidade sem precedentes; formuladores de políticas públicas empregando todas as ferramentas à disposição para evitar uma calamidade na economia.
Fonte: Reuters
Nos bastidores, a Reuters News, com 200 escritórios espalhados por 166 países, começava a realizar um experimento de organização de trabalho em tempo real, transformando a maior agência de notícias multimídia do mundo em uma redação quase inteiramente virtual composta por milhares de pessoas –tudo feito de forma remota, em esquema de home office, para manter o fluxo de informações ao redor do globo. Isso foi feito sem perder tempo. Aliás, a Reuters chegou a produzir, em média, uma quantidade de matérias 50% maior em março deste ano do que em 2019.
Apps relacionados ao novo coronavírus
Os clientes da Refinitiv claramente apreciaram o esforço. O número de leitores de notícias aumentou, levando a novos recordes. A demanda cresceu de forma generalizada na esteira do intenso acesso a informações em diferentes formatos –as recuperações de manchetes em tempo real por meio do aplicativo News Monitor [NEWS] saltaram 50%, e procura por matérias selecionadas pela Reuters por meio do Top News [TOPNEWS] subiu 25%.
A Reuters também realizou a curadoria do conteúdo de notícias e gráficos para nosso novo aplicativo sobre o Coronavírus [CORONA] e para o Macro Vitals [MACROV], que destacam o impacto social e econômico da pandemia e atuam como porta de entrada para todos os informes e dados relacionados ao Covid-19.
Fonte: Refinitv
Macro Vitals
A busca por notícias de última hora e seus desdobramentos, relatórios de mercado, pesquisas econômicas, análises, insights, gráficos, relatórios especiais, artigos, infográficos e listas com históricos e explicações fez o número de leitores de todo o arquivo de notícias saltar substancialmente. No geral, as recuperações de reportagens da Reuters por clientes da Refinitiv que atuam no setor financeiro aumentaram 35% em março de 2020 em relação ao ano passado. Esse foi o melhor índice de todos os tempos, e a utilização foi cerca de um quinto maior do que no melhor mês já registrado anteriormente.
A Reuters lidera, os outros seguem
Mais uma vez, a Reuters saiu na frente dos concorrentes ao cobrir inúmeros fatos econômicos que marcaram os últimos meses. Desde em notícias como a decisão do Fed, em meados de março, de reativar seu mecanismo de financiamento para combater o impacto do coronavírus –o que resultou em uma redução dos spreads de swap cambial–, e a implementação de um esquema de compra de bônus de emergência de 750 bilhões de euros pelo BCE até em alertas sobre cortes de taxas de juros pelos bancos centrais da China e da Noruega, a Reuters esteve sempre na dianteira.
A agência se mostrou igualmente competitiva na cobertura de empresas, liderando, por exemplo, quando a gigante corporativa Exxon anunciou cortes nos gastos, o que levou suas ações na bolsa dos EUA para o menor nível em 17 anos. Mais recentemente, a Reuters também noticiou o cancelamento do acordo de US$ 4,2 bilhões da Boeing com a Embraer devido à crise do setor aéreo deflagrado pela pandemia.
Segurança em primeiro lugar
Durante a atual crise sanitária, a prioridade da Reuters sempre foi garantir que seus 2.500 jornalistas permanecessem em segurança, independentemente do que estivessem fazendo ou de onde se encontrassem. Fotógrafos e cinegrafistas, em particular, precisam sair a campo dia após dia, colocando-se em risco para cobrir os principais acontecimentos mundiais. Mas, a grande maioria dos repórteres trabalhou, pela primeira vez na vida, a partir de suas casas.
Fonte: Reuters
Com a agilidade na raíz de tudo o que a Reuters faz, era essencial que os jornalistas estivessem preparados para os desafios adicionais de trabalhar remotamente. Mas os resultados obtidos falam por si: um recorde de vitórias desde em notícias sobre cortes nas taxas de bancos centrais até nas histórias dos hackers atacando a OMS e do adiamento dos jogos olímpicos do Japão.
E a agência fez isso tomando todas as precauções possíveis para lidar com breaking news: atualizações de banda larga e de conexões secundárias para os profissionais com problemas de conectividade de Wi-Fi; compra de dezenas de baterias de reserva para aqueles à mercê de possíveis quedas de energia no departamento estratégico de Bangalore, na Índia; e, para quem estivesse cobrindo dados econômicos significativos, de qualquer lugar do mundo, uma segunda equipe sempre pronta em caso de interrupção.
Videoconferência com fontes
Um dos maiores desafios que os profissionais da Reuters enfrentaram para manter as notícias fluindo foi não ter ao redor a costumeira movimentação, típica de uma redação em funcionamento. Não ouvir os gritos de comemoração dos colegas ao revelar uma matéria, o pedido (em alto e bom som) de um editor, o burburinho entre os jornalistas combinando a melhor maneira de apurar uma história…
Enfim, todos esses são aspectos do trabalho jornalístico que exigem interação entre as pessoas em tempo real. Tentar replicar tudo isso via mensagens de texto ou e-mails nunca seria suficiente. Por isso, a Reuters criou “caixas virtuais barulhentas”, por meio do Microsoft Teams, que permitem que as agências e as equipes mantenham essa conectividade em tempo real, com linhas sempre abertas ao longo do dia. É claro que, ao longo do dia, também ouviam-se muitos pedidos de silêncio e “coloquem no mute, por favor”.
Como no resto do mundo, a manutenção de boas fontes e contatos para os jornalistas, por enquanto, migrou inteiramente para os meios digitais, com happy hours agendados para os fins de tarde pelo Zoom como parte da interação social entre colegas, amigos e familiares.
Estrutura tecnológica de ponta
A robusta tecnologia que está por trás da Reuters tem contribuido imensamente para o seu desempenho. O novo coronavírus estava surgindo no momento em que a agência concluiu uma grande atualização em seu sistema de velocidade Fastwire. Ele permite consolidar e organizar melhor a cobertura das notícias, que agora pode ser realizada de maneira rápida e fácil de qualquer lugar do mundo.
A plataforma de automação também foi reprojetada recentemente, colocando-a à frente da concorrência na divulgação dos principais dados econômicos dos EUA –como números recordes de desemprego— à medida que as agências governamentais começavam a fazer todos os seus anúncios on-line.
Além disso, toda a infraestrutura da Reuters acaba de ser transferida para a nuvem.
Permanecer conectado é um desafio para qualquer grande organização, mas para a Reuters essa foi uma oportunidade de alavancar a sua presença global, trabalhando de forma perfeita entre inúmeras fronteiras e fusos horários.
Um jornalista na China se encarregou de coletar e organizar dados de todo o mundo, alimentando o COVID Tracker da Reuters; repórteres nos EUA e na Coréia do Sul trabalharam juntos para fornecer uma análise detalhada de como a resposta sul-coreana ao coronavírus foi muito mais eficaz do que a da Europa Ocidental ou dos Estados Unidos.
À medida que a pandemia evolui e que as restrições começam a diminuir, o interesse vai mudando para as expectativas sobre o novo normal. Qual é o custo, como as dívidas serão pagas? Haverá uma crise de crédito corporativo? Ou uma crise da dívida soberana? Qual a forma da recuperação econômica: V, U, W ou L? Os mercados devem esperar deflação ou inflação? As companhias aéreas ou o varejo voltarão a ser os mesmos? Quais indústrias prosperarão? Qual delas chegará ao fim? Quais são as mudanças de longo prazo para a sociedade, na maneira como fazemos negócios, na maneira como lidamos com nossas vidas diárias? Posso evitar o metrô de Londres e continuar trabalhando em casa, por favor?
Seja de casa, novamente da redação ou das ruas, nenhum outro serviço de notícias está melhor equipado para nos reportar essa história estarrecedora que estamos presenciando pela primeira vez na vida do que a Reuters.
Apps sobre o Coronavirus
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