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Tendências de negociação do MiFID II em foco

A transformação das negociações acarretada pela MiFID II já deixou de ser novidade no mundo financeiro. Após fazer um estudo sobre as principais mudanças e tendências para os negócios desde que a MiFID I foi originalmente implantada, em 2007, a Greenwich Associates reuniu valiosos insights sobre abordagens relacionadas a operações de renda fixa, derivativos, fundos negociados em bolsa e até comércio eletrônico.


  1. Em um estudo recente, a Greenwich Associates, empresa global de dados e análises para o setor financeiro, compara os dados da MiFID I e da MiFID II, usando inclusive entrevistas de profissionais do buy-side, para compreender e prever as tendências de negociação acarretadas pela MiFID II.
  2. As tendências nas negociações de ações observadas após a implementação da MiFID I, ainda em 2007, apontam para um aumento no comércio eletrônico e fragmentação das plataformas destinadas às classes de ativos agora abrangidas pela MiFID II.
  3. As execuções no mercado de balcão (OTC) são bastante onerosas, o que motiva os participantes a optar por plataformas eletrônicas.

No primeiro ano após o início da MiFID II, os mercados reagiram bem, mas enfrentaram alguns problemas com as novas exigências.

A MiFID II está longe de ser uma normativa perfeita e, como tem salientado a Autoridade Europeia de Mercados de Valores Mobiliários (ESMA), ela ainda é bem incompleta. Conforme a ESMA manifesta preocupação principalmente em relação à transparência do mercado financeiro, já podemos prever uma atualização da MiFID II, criando em breve uma MiFID 2.5 ou MiFID III.

 

Mas, afinal, após somente um ano estamos aptos a fazer previsões acertadas sobre a evolução dos mercados? Bem, examinando o impacto que a MiFID I teve sobre o mercado de ações e analisando as tendências de negociação acarretadas pela MiFID II, acreditamos que sim.

 

No estudo que realizamos em conjunto com a Greenwich Associates comparamos as tendências de negociações acarretadas pela MiFID I e MiFID II. Nos baseamos tanto em dados quantitativos da Greenwich quanto nos dados oferecidos pelo nosso Market Share Reporter, além de entrevistas com traders europeus do buy-side para descobrir seus pontos de vista a respeito do impacto gerado pela MiFID II.

 

Leia aqui um trecho do estudo The MiFID II Trading Transformation

 

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Lições da MiFID I

Na esteira do que observamos na MiFID I, esperamos um aumento no comércio eletrônico em classes de ativos atualmente contemplados pela MiFID II, e dados preliminares já corroboram essa previsão.

Os mercados europeus de ações foram inicialmente reordenados com a MiFID I, ainda em 2007. Esse conjunto inicial de regras especificava novos requisitos em relação à transparência das negociações e definia os tipos de plataformas (venues) que poderiam negociar ações, incluindo a formalização de um conjunto de regras para sistemas de negociação multilateral.

Além disso, a MiFID I definia oficialmente (e pela primeira vez) o que significava “best execution” em relação às ações europeias, estabelecendo um benchmark que as empresas de investimento eram obrigadas a seguir.

 

Com o aumento das normas e da fiscalização sobre os processos de execução, e com a liquidez fragmentada em um maior número de plataformas, os operadores do buy-side passaram a optar por canais de negociação eletrônica.

 

Segundo dados da Greenwich Associates, entre 2007 e 2010 o uso do comércio eletrônico pelo buy-side aumentou de 10% para 25%.

As mudanças trazidas pela MiFID I levaram a uma melhora geral na estrutura do mercado, mas para os reguladores europeus houve também efeitos indesejados. A MiFID I fez, por exemplo, com que a quantidade de plataformas de execução crescesse de forma dramática; após a implementação da regulamentação houve um aumento de 73%.

 

Tendências de negociação após a MiFID II

Com a MiFID II, outras classes de ativos foram incluidas no escopo da regulação, incluindo renda fixa, derivativos e fundos negociados em bolsa. E, tomando como base o que ocorreu na estrutura do mercado de ações após a MiFID I, podemos esperar um aumento no comércio eletrônico e alguma fragmentação nas plataformas que negociam classes de ativos agora cobertas pela MiFID II.

Além disso, as regras de transparência pré e pós-negociação da MiFID II são bem mais rigorosas. Para todas as transações em instrumentos cobertos, o preço prevalente no mercado deve ser verificado e registrado antes da execução do negócio. Posteriormente, os detalhes da transação, como preço e quantidade, precisam ser divulgados por meio de um acordo de publicação aprovado ou outro mecanismo.

Cumprir com os requisitos de divulgação de relatórios ao executar operações no mercado de balcão (OTC) é bastante oneroso, o que motiva ainda mais os participantes a optar por plataformas eletrônicas, capazes de facilitar todos os registros necessários.

 

Clique aqui para fazer o download do relatório completo: The MiFID II Trading Transformation

 

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