Em uma época em que questões geopolíticas têm aumentado os riscos de conduzir negócios internacionais, rastrear sanções de forma eficaz é vital para os tesoureiros corporativos.
- Os tesoureiros corporativos não podem confiar apenas na tecnologia de triagem dos bancos para controlar riscos relacionados a sanções.
- A tecnologia de rastreamento de sanções deve ser capaz de oferecer uma visão única dos dados ou textos que levaram ao alerta de sanções.
- Em um webinar, examinamos os processos e sistemas que podem ajudar tesourarias corporativas a mitigar riscos.
Durante a última década, o cenário global de sanções tornou-se cada vez mais complexo, à medida que vários países e organismos internacionais passaram a impor sanções em um ritmo sem precedentes.
Infelizmente, isso tem deixado as empresas que operam de forma global em uma posição bastante difícil, aumentando o risco de elas se envolverem com algum tipo de sanção em seus negócios.
Recentemente, uma enquete realizada durante um webinar que promovemos em parceria com a Treasury Today, mais da metade das organizações afirmaram não estar confiantes (ou mesmo muito inseguras) sobre seu conhecimento a respeito do atual ambiente de sanções e do impacto que isso pode ter para os negócios.
Panorama complexo
Jesse Spiro, diretor global de Threat Finance & Emerging Risk, afirmou que os resultados da enquete não foram surpreendentes, dada a complexidade do cenário global de sanções e de como a responsabilidade em garantir que as empresas não entrem em conflito com essas medidas têm recaído sobre os gerentes de risco corporativo.
Usando como exemplo sanções impostas à Rússia e ao Irã, Spiro demonstrou no webinar a complexa realidade que os gerentes de risco enfrentam quando tentam entender as sanções em questão e se suas organizações e funcionários estariam ou não expostos a elas.
Aliás, quando se trata de sanções, complexidade é a palavra de ordem. Isso porque, ao que parece, as empresas não podem mais confiar em seus bancos – e em sua antiquada tecnologia de análise de sanções – para gerenciar esse tipo de risco.
Pelo menos metade das empresas pesquisadas durante o webinar New Sancions Compliance Challenge disse que se deparou com pagamentos bloqueados por seus bancos.
Programas de rastreamento de sanções
O principal objetivo de qualquer programa de triagem de sanções é evitar que uma empresa faça negócios –ou trabalhe com qualquer entidade ou indivíduo—, que possam levá-la a violar as regulamentações. Portanto, os programas que rastreiam sanções devem começar na tesouraria, determinando precisamente o que será analisado, incluindo clientes, fornecedores e parceiros.
A tesouraria precisará então decidir quais listas de sanções serão examinadas em busca de potenciais contrapartes, dependendo do tipo de negócio em que está envolvida e das localidades em que atua. E, idealmente, o sistema utilizado deve fazer isso de maneira simples e eficiente, para não expor a equipe a nenhum trabalho extra.
Sistemas antiquados não têm, por exemplo, a sofisticação suficiente para reconhecer que o endereço de uma agência bancária em Bagdástrasse, Berlim, não é igual à Bagdá, no Iraque. Isso fará com que seja gerado um alerta, e o pagamento, bloqueado – dando mais trabalho para a tesouraria.
O uso de IA e machine learning
Encontrar a tecnologia que melhor atende a esses objetivos é o próximo passo. E escolher um sistema que consiga compreender as particularidades da área de pagamentos deve ser prioridade, já que isso pode eliminar o tipo de problema mencionado acima.
Outra maneira de reduzir resultados falsos positivos é empregando IA e Machine Learning. Assim, o sistema poderá aprender com as transações que forem sendo liberadas e não vai gerar um falso alerta duas vezes. Além disso, a tecnologia “explicaria” de forma detalhada por que teria emitido um alerta.
A melhor solução existente no mercado
A tecnologia ideal deve ser capaz de fornecer uma única amostra de dados ou de textos que causaram o alerta, além da fonte de conflito. Isso reduzirá drasticamente o tempo necessário para começar o processo de correção.
Os tesoureiros corporativos devem considerar a adoção de uma solução tecnológica que se integre facilmente aos outros sistemas e processos já existentes na companhia.
Os departamentos de tesouraria não deveriam, por exemplo, ter que alterar um arquivo de pagamento para poder digitalizá-lo, e o sistema deveria ser flexível o suficiente para permitir que os usuários escolham em que ponto do processo desejam fazer a varredura.
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